Introdução: A ansiedade é um sentimento desagradável que está associado a uma sensação de antecipação a algum perigo. A mudança para a graduação, apesar de trazer novos papéis ao jovem adulto, acaba por desestabilizar o estado emocional dos graduandos. Objetivo: Correlacionar a presença de sintomas de ansiedade às queixas apresentadas por estudantes de graduação de cursos da área da saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional e transversal que foi desenvolvido na sala de cuidados do Campus Universitário Prof. Antônio Garcia Filho. Participaram do estudo discentes dos oito cursos da área de saúde (Medicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia) que se enquadraram nos critérios de inclusão e aceitaram participar da pesquisa mediante a assinatura do TCLE. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos parecer N 2.801.713. Como instrumento foi utilizada uma ficha de caracterização contendo dados sócio-demográficos e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. O programa utilizado para análise dos dados foi o SPSS versão 22.0. Resultado: Foram preenchidos 140 questionários, houve predomínio do sexo feminino 99 (70,7%), com a média de idade de 21 anos, apenas 55% praticavam alguma atividade física. No que se refere à procura por curso, prevaleceu o curso de fisioterapia com 22,1%, seguido por medicina (13,6%) e enfermagem (12,9%). Em relação aos sintomas de ansiedade, a escala demonstrou que 28 (20%) estavam normais, 42 (30%) apresentaram sintomas leves, 49 (35%) sintomas moderados e 21 (15%) sintomas severos. Estudantes que relataram estresse como queixa apresentaram 3,3 vezes mais chance de desenvolver sintomas de ansiedade quando comparado a pessoa normal (O R: 3,3 IC: 1,4-7,9). Conclusão: O ingresso no ensino superior requer dos estudantes recursos para além dos cognitivos, que esses quando não manejados acabam por favorecer o adoecimento nos níveis de ansiedade e comprometer seu desempenho.