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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
PERCEPÇÃO DO ESCOLAR SOBRE O ACONTECIMENTO DA OBESIDADE INFANTIL
Relatoria:
Karine Ribeiro Alves
Autores:
  • Maria Aparecida Baggio
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A obesidade tem múltiplas causas, como o sedentarismo, hábitos alimentares, distúrbios endócrinos, genéticos, fatores ambientais, sociais e comportamentais. Quanto mais precoce a obesidade, maior a chance de desenvolvimento de comorbidades, como doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. O elevado número de obesidade infantil constatado em Cascavel-PR, através do Programa Saúde na Escola, motivou o estudo. OBJETIVO: Compreender a percepção infantil sobre o acontecimento da obesidade bem como identificar a percepção dos escolares quanto a sua imagem corporal. METODOLOGIA: Estudo qualitativo, exploratório, descritivo com uso da análise de conteúdo segundo Minayo. Participaram treze crianças entre sete e 12 anos incompletos, matriculadas em Escolas Públicas das regiões Norte e Sul de Cascavel, PR. Para a coleta utilizou-se questionário semiestruturado, entrevista áudiogravada e atividades lúdicas (desenho, recorte, colagem de revistas e panfletos) na residência das famílias no período de 01 de março a 30 de abril de 2017 e dezembro a março de 2018. RESULTADOS: identificaram-se quatro categorias: Entendendo a alimentação da criança; Identificando as práticas de esporte/atividade física; Percepção da imagem corporal e expectativa para o futuro. As crianças revelam jejum prolongado, pouca variedade ou ausência de vegetais e frutas, combinação ou ingestão excessiva de alimentos, sendo a mãe responsável pelo preparo. Possuem autonomia na escolha e local para realizar as refeições, sendo na sala ou no quarto com eletrônicos. A escola oferta alimentos “não saudáveis” e a atividade física ocorre uma vez por semana. Relatam sentirem-se bem, embora sintam dificuldades ao praticar exercícios. Percebem sua imagem corporal diferente da que desejariam ter. Há negação do corpo atual, demonstrando percepção de imagem diferente da que apresentam. São vítimas de bullying, manifestando tristeza e desejo de mudança relacionada ao corpo. CONCLUSÃO: A obesidade infantil decorre do consumo de alimentos em excesso. A escola oferta alimentos “não saudáveis” e as atividades físicas são restritas a escola. A totalidade apresenta imagem corporal diferente da que gostaria de ter, vivenciando o bullying. Frente à autonomia das crianças, sugere-se intensificar o aconselhamento nutricional. Ações educativas para conscientizar crianças e familiares são fundamentais para compreender a criança de forma integral, visando promoção e recuperação da saúde.