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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
A EXPERIÊNCIA VIVENCIADA PELA PESSOA NO CONTEXTO DO TRANSPLANTE RENAL
Relatoria:
SUSANA BEATRIZ DE SOUZA PENA
Autores:
  • RITA MÔNICA BORGES STUDART
  • AGLAUVANIR SOARES BARBOSA
  • JAMILA MOURA FRAGA
  • HELOISA SOUSA OLIVEIRA
  • EVELINE MARTINS DA SILVA
  • ISAKELLY DE OLIVEIRA RAMOS
  • ANA CARINE GOERSCH SILVA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Atualmente, o transplante renal é a terapia renal substitutiva que tem o melhor custo efetividade para o tratamento da doença renal, pois o investimento é alto para manter o paciente em hemodiálise, associado ao sofrimento deste cliente. Destaca-se que o transplante renal não é cura, pois o paciente irá necessitar de cuidados especiais para o resto de sua vida, assim como fazer uso contínuo de medicações imunossupressoras. OBJETIVO: Objetivou-se descrever a experiência vivenciada pela pessoa com doença renal no contexto do transplante. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, constituída por 17 pacientes, desenvolvida na unidade ambulatorial de transplante renal de um hospital público terciário de Fortaleza-CE. Foram excluídos crianças e casos de transplante duplo. Os dados foram coletados durante o mês de junho de 2019, utilizando como fundamento a análise de conteúdo. RESULTADOS: As unidades significativas emergentes dos depoimentos foram organizadas em três categorias: 1. O preparo ambulatorial e a ansiedade da espera: “Todas as noites eu pensava: será que amanhã vão me chamar? Será que vai ser depois?.... Aquela espera [...] dava aquela tristeza na gente, né (E7)”. 2. A vida antes do transplante: “Tinha que beber pouca água, não aguentava, era uma dificuldade pra me controlar, às vezes bebia a mais da conta (E8)”. 3. Estilo de vida após transplante: “Vou poder trabalhar, vou ter liberdade para viajar [...] recuperar minha vida é como ganhar na loteria inicialmente (E5)”. Observou-se predomínio do sexo masculino, solteiro, com idade entre 23 e 56 anos, procedente de outros municípios, tendo cursado o ensino médio, sendo o primeiro transplante. Constatou-se que o transplante renal modificou suas vidas para melhor, permitindo maior liberdade, mesmo que ainda persistem os cuidados com o corpo, com a alimentação e com a medicação. CONCLUSÃO: O transplante é visto por estes pacientes como algo que restituiu a vida, propiciou bem-estar, possibilitou viver de forma próxima ao normal. Foi evidenciada também a dificuldade que o paciente tem em compreender o transplante, com o fato de receber o rim de outra pessoa funcionando, com absoluta perfeição, dentro do seu corpo. Ratifica-se nessa pesquisa a importante notoriedade do papel do enfermeiro como educador nas várias etapas da transplantação.