Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
COTIDIANO DE FAMÍLIAS QUE CONVIVEM COM ADOLESCENTES DIAGNOSTICADOS COM DIABETES MELLITUS
Relatoria:
ANGELA BARICHELLO
Autores:
- Carla Argenta
- Elisangela Argenta Zanatta
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Diabetes Mellitus está se tornando a epidemia do século. Em 2015 havia aproximadamente, 415 milhões de pessoas no mundo com diabetes e destas 542 mil eram crianças ou adolescentes, considerados os grupos mais vulneráveis. Embora essas doenças crônicas possam surgir em qualquer idade, atingem mais jovens adultos, com incidência global aumentando cerca de 3% ao ano. O Diabetes Mellitus tipo 1 é a segunda doença crônica mais frequente da adolescência no Brasil e é responsável por 90% dos casos, no entanto apenas 50% são diagnosticados antes dos 15 anos. Essa pesquisa teve como objetivo compreender como é para os familiares conviverem com adolescentes portadores de Diabetes Mellitus. Trata-se de um estudo quantitativo e qualitativo, realizado com 48 familiares de adolescentes de todas as regiões do Brasil que convivem com Diabetes Mellitus tipo I, na faixa etária entre 12 e 18 anos e que faziam parte de uma página de uma rede social. A pesquisa foi realizada via online e o questionário aos participantes disponibilizado pelo Google Forms. Os dados quantitativos foram ordenados e tabulados. Os dados qualitativos foram submetidos a análise de conteúdo e originaram três categorias de estudo. A pesquisa seguiu todas as orientações propostas pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina pelo parecer 2.443.357. No contexto geral percebeu-se que a doença crônica atinge toda a estrutura familiar, pois afeta emocionalmente os seus membros. Doação, batalha e sacrifício representam os sentimentos das famílias, o modo como elas percebem o momento que vivem e, expressam a ideia de que o sofrimento pode se estender por muito tempo até que saibam conviver com essa condição. Os familiares estão informados sobre as condições da doença, motivados a lidar com elas e capacitados para cumprirem com o plano de tratamento. Entendem todo o contexto da enfermidade e reconhecem os sinais de alerta das possíveis complicações, mas não procuram os profissionais de saúde em caso de auxílio, buscando meios não tão seguros como a internet e a família. Para isso é necessário que a Atenção Primária a Saúde assuma o papel de ordenadora do cuidado e preste auxílio e informações adequadas aos grupos de risco, onde se enquadram os familiares e os adolescentes com Diabetes, fazendo com que não haja necessidade de procurarem outras formas de ajuda.