Introdução: A ocorrência das Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS), desencadeiam aumento da morbimortalidade e impactos financeiros aos serviços de saúde. A limpeza e desinfecção (L&D) de superfícies, quando realizada de maneira adequada, pode minimizar a propagação de microrganismos. Objetivo: Avaliar a (L&D) de superfícies de um serviço de urgência e emergência. Método: Trata-se de um estudo transversal, no qual se utilizou como método de monitoramento da (L&D) a contagem de Unidade Formadora de Colônia (UFC), método amplamente utilizado na literatura considerando os parâmetros (<2,5ufc/cm2 – superfície aprovada, >2,5ufc/cm2 – superfície reprovada). Foram avaliadas as superfícies com maior frequência de contato de um pronto socorro: bancada de preparo de medicação, carrinho de curativo, maçaneta da porta do banheiro e acionador de descarga do banheiro dos pacientes. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Resultados: Foram realizadas 96 avaliações antes do processo de (L&D) realizado pela equipe (profissionais da higienização e de enfermagem) do pronto socorro e 96 avaliações após o processo de (L&D) realizado pela equipe. Observa-se que em 100% das superfícies estavam reprovadas antes do processo de (L&D). Quanto a avalição após a realização do processo de (L&D) pela equipe, observou-se que de 96 (100%) avaliações, apenas 07 (7,2%) foram consideradas aprovadas. Discussão: A avaliação do processo de (L&D) ainda ocorre em muitos serviços de saúde com a utilização de métodos subjetivos, com o uso apenas da inspeção visual. O uso de (UFC) é um critério mais objetivo e mensurável. Nesse estudo verificou-se que o processo de (L&D) realizado nesse serviço de saúde não obteve percentuais de limpeza satisfatório, considerando esse método de monitoramento. Conclusão: É necessário fortalecer a capacitação permanente da equipe no intuito de melhorar as taxas de limpeza.