A Saúde da Mulher dentro das políticas públicas no Sistema Único de Saúde (SUS) contempla temas como prevenção do câncer de colo do útero, sendo este o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres de acordo com INCA (2017). O enfermeiro é um integrante preconizado pelo Ministério de Saúde (MS) na Estratégia Saúde da Família (ESF), apto á realizar coleta de exame preventivo do colo do útero, por isso, a sua relevância neste processo saúde-doença da mulher será analisada. O objetivo da pesquisa é identificar a relevância da enfermagem dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF) no que se refere á prevenção e diagnóstico do câncer de colo do útero em mulheres atendidas nestas. Trata-se de um estudo de revisão sistemática da literatura com análise de artigos indexados no Portal Capes publicados entre os anos de 2003-2017, em português e espanhol utilizando os descritores: enfermagem, estratégia saúde da família, câncer de colo do útero. As pesquisas apontam que o contexto saúde da mulher dentro da ESF, abrange desde o planejamento reprodutivo, pré-natal, aleitamento materno, climatério, bem como prevenção do câncer de mama e colo do útero, entre outros. A maioria das mulheres , afirma conhecer a ESF, a oferta de exame preventivo, porém desconhecem a sua relação com o HPV e a gravidade da patologia, elas afirmam procurar o serviço apenas quando apareceram os primeiros sintomas. O enfermeiro foi citado como o profissional que mais coleta o exame preventivo dentro das ESF’s, porém não se encontra acessível as demandas das mulheres. Conclui-se que mesmo a saúde da mulher sendo uma prioridade para o MS, oferecendo assistência às mulheres em todas as faixas etárias de evolução , grande parcela destas, procuram as ESF apenas quando já estão adoecidas. Investimento em educação em saúde faz-se necessário, uma vez que a ausência de conhecimento sobre o HPV pode justificar a incidência da infecção entre as mulheres. O enfermeiro da ESF precisa ofertar atendimento em horários alternativos as mulheres a fim de proporcionar acessibilidade, prevenção, promoção , equidade e integralidade á saúde da mulher, pois a prática de prevenção ainda não é uma realidade para grande parcela da população.