A evasão escolar é um tema preocupante no âmbito da educação e, em especial na Educação Profissional do curso técnico em Enfermagem em escola pública, já que interfere no processo de formação e desenvolvimento do jovem e do adulto que buscam inserção cidadã na vida social e no mercado de trabalho, bem como reduz a oferta de profissionais bem formados na área de saúde. Objetivo: O presente trabalho buscou caracterizar o perfil dos evadidos do curso Técnico em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí, no período de 2010 a 2016. Método: Trata-se de um estudo analítico-descritivo, com abordagem quali-quantitativa. A coleta de dados foi feita por meio de uma planilha, elaborada pela autora, contendo dados socioeconômicos e demográficos dos evadidos, obtidos em documentos institucionais, obtidos pela secretaria do campus, sendo analisados dados como gênero, idade, cor/raça, estado civil, renda mensal, bem como escolaridade dos pais. O universo amostral foi composto por 78 pessoas, dentre elas jovens e adultos, na faixa etária de 15 a 49 anos, sendo incluídos todos os evadidos de 2010 a 2016 e excluídos os que formalizaram desistência da vaga. O estudo foi desenvolvido conforme os parâmetros contidos na Resolução nº 12.527/2011, não necessitando passar por aprovação em comitê de ética. A identificação dos sujeitos permaneceu em sigilo e nenhum dano de natureza física ou moral foi acarretado a esses. Resultados: Os dados mostraram que, dentre os evadidos, a maioria foram mulheres, com idades entre 20 e 29 anos, pardas/mulatas, solteiras, com baixa renda mensal e pais com baixa escolaridade. Conclusão: Tendo em vista os prejuízos que este fenômeno traz tanto para o evadido quanto para a escola e sociedade, ressalta-se a necessidade imperativa de se juntar esforços, no âmbito escolar, para tentar minimizar o problema e garantir a permanência do aluno na escola.