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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
A FORMAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM E A DISCUSSÃO SOBRE A TERMINALIDADE DA VIDA: A VOZ DO PROFISSIONAL
Relatoria:
SAMHIRA VIEIRA FRANCO DE SOUZA
Autores:
  • Lilian Koifman
  • Cristineide dos Anjos
  • Amanda Danielle Resende Silva Sousa
  • Raquel de Oliveira Laudiosa da Mota
  • Elida Gabriela Serra Valente Abrantes
  • Norielle Macedo Alves
  • Patrícia Vargas Tavares Rodrigues
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: Considerando a morte como um acontecimento inevitável, cercado de sentimentos negativos e uma tendência sociocultural de suprimi-la das discussões do imaginário coletivo, torna-se mister sua abordagem nos espaços formais de ensino, bem como dos princípios dos Cuidados Paliativos ao fim de vida no ensino profissionalizante de Enfermagem, onde a valorização de técnicas sobrepõe-se a humanização e dignidade no processo assistencial. Objetivo: Identificar, através da visão do profissional técnico de Enfermagem, o caráter prático-pedagógico no processo formativo e de trabalho, sobre a terminalidade da vida e os cuidados paliativos. Método: Pesquisa Qualitativa Exploratória, utilizando-se como método a Entrevista Projetiva. Este método baseou-se na projeção de um vídeo intitulado “As vozes de Eleutéria”, com o objetivo de mobilizar questões do consciente e inconsciente que enriquecessem a coleta de dados, esta mediada por um roteiro não estruturado, contendo tópicos-guia que atendessem os objetivos do estudo. Foram entrevistados, entre agosto-outubro de 2018, 10 técnicos de Enfermagem de um hospital universitário do RJ, atuantes no serviço de oncohematologia, sendo os dados obtidos avaliados pela Análise de Conteúdo. Resultados: As categorias emergentes foram: Questões Bioéticas sobre a vida e a morte no contexto hospitalar; Experiências vivenciadas diante do processo de finitude, balizando a atenção ao paciente terminal; Currículo da educação profissional de Enfermagem incipiente para o Cuidado Paliativo no processo de morrer e morte; Desmotivação profissional para qualificação com vistas à melhoria assistencial ao paciente Fora de Possibilidade Terapêutica. Conclusão: Identificou-se o distanciamento profissional no processo de morrer e morte, mediante a conotação de insucesso e manifestação de tristeza conferida pela autoconscientização de sua finitude. Ressaltou-se a hegemonia médica no processo decisório, promovendo campo fértil para distanásia e comunicação superficial de más notícias aos pacientes e familiares; além da não agregação dos técnicos para participação em rounds e incentivo às capacitações, reforçando a desvalorização do status profissional dessa categoria. Portanto, muitos são os desafios para a consolidação dessas temáticas no ensino profissional de saúde e para produção do cuidado que busque a “boa morte”.