Introdução: A demanda por atendimento nos serviços de saúde é crescente, em contrapartida, o mesmo não ocorre com a disponibilização de recursos, fazendo com que gestores tenham de trabalhar com racionalização de recursos para atender a população. E é nesta perspectiva que surgem estratégias e serviços de regulação de leito, por exemplo. Objetivo: Analisar o perfil de atendimento de pacientes cirúrgicos antes e após a implantação de um serviço de regulação de leitos em hospital universitário público. Método: Estudo transversal, quantitativo e descritivo, realizado em hospital universitário público da região norte do Paraná. A coleta de dados se deu por meio de um sistema utilizado pela instituição, denominado “Sistema de Informação de Gestão Hospitalar” e foram incluídos os dados de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos entre janeiro de 2015 e junho de 2016 (período antes da implantação) e entre janeiro de 2017 a junho de 2018 (período pós-implantação). O planilhamento dos dados foi realizado no Excel® e, posteriormente, exportado para o programa SPSS® versão 20.0, no qual foi realizada a análise descritiva. Resultados: Antes da implantação do serviço, o número de procedimentos e pacientes foram de 9.773 e 7.244, respectivamente. Dentre 7.244 pacientes, 5.241 (72,35%) tiveram internação caracterizada como urgência, 1.1171 (16,17%) eletiva e os demais (11,49%) não foram caracterizados. A média de idade neste período foi de 39,05 (±22,71). A clínica cirúrgica predominante foi a ortopedia (1.445 – 19,9%), seguida da obstetrícia (1.364 – 18,8%), pronto socorro cirúrgico (793 – 10,9%) e cirurgia infantil (639 – 8,8%). Após a implantação do serviço, o número de procedimentos e pacientes foram de 12.494 e 8.255, respectivamente. Dentre 8.255 pacientes, 5.666 (68,64%) tiveram internação caracterizada como urgência, 1.492 (18,07%) eletiva e os demais (13,29%) não foram caracterizados. A média de idade no período pós-implantação foi de 38,30 (±21,04). A obstetrícia foi a clínica com maior número de pacientes 1.733 – 21,0%), seguida da ortopedia (1582 – 19,2%), urologia (912 – 11,0%), pronto socorro cirúrgico (839 – 10,2%) e cirurgia infantil (670 – 8,1%). Conclusão: O perfil de atendimento nos dois períodos foi semelhante, principalmente em relação ao caráter de internação e clínica cirúrgica. Destaca-se neste sentido, que estão variáveis não são de governabilidade do serviço de regulação de leitos.