Introdução: O Instituto Nacional do Câncer estima que mais de 500 mil novos casos de neoplasias surgem por ano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, grande número desses novos casos já estará em estágio avançado no primeiro atendimento, e de 5% a 10% dos pacientes irão desenvolver feridas oncológicas durante os seis últimos meses de vida, sendo a única opção realística o tratamento para alívio da dor e os cuidados paliativos. Este estudo foi realizado com o objetivo de identificar na literatura os cuidados de enfermagem ao paciente com ferida oncológica. Método: A pesquisa foi realizada por meio de revisão da literatura nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, LILACS e PUBMED, utilizando os descritores “Neoplasias”, “Cuidados de Enfermagem” e “Lesões”, segundo o DeCS. Resultados: As feridas neoplásicas, na maioria das vezes, apresentam mau prognóstico e exigem cuidados paliativos para aliviar os sintomas e diminuir o sofrimento do paciente. Uma dificuldade nesse sentido é o difícil acesso a tratamentos especializados, bem como disponibilidade de produtos na rede pública e privada. As localizações mais frequentes são: mama, cabeça e pescoço, tórax, genitália, períneo, virilha e extremidades. Entre os sintomas destacam-se dor, exsudato, odor fétido, sangramento, necrose e alterações na imagem corporal, o que pode levar a isolamento social, constrangimento e até mesmo abandono do tratamento. Torna-se difícil determinar a intervenção adequada devido ao rápido avanço das lesões. No primeiro contato com o paciente, ao ser identificada a presença de ferida oncológica, deve ser feita uma minuciosa avaliação da ferida e do paciente, de forma holística, abordando também questões emocionais. A localização da ferida, aparência, tamanho, quantidade e características do exsudato, dor, odor, presença de infecção e tecido desvitalizado são aspectos a serem avaliados para subsidiar o plano de cuidados. A realização de curativos, orientação e supervisão da equipe de Enfermagem também são ações do enfermeiro nesse processo. Dessa forma, é essencial conhecer as melhores coberturas disponíveis, analisando custo e benefício, visando a redução dos sintomas. Conclusão: O enfermeiro desempenha papel fundamental no manejo e controle de sinais e sintomas de feridas neoplásicas. Sendo assim, é necessário conhecer os principais sintomas que apresentam e o impacto que podem causar ao paciente, para que exista a elaboração de um plano de cuidados adequado.