ÉTICA E DIGNIDADE NA ENFERMAGEM: PARADIGMAS POSITIVOS NA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO Introdução: A carência na assistência de enfermagem em Saúde Mental (SM) é um problema de saúde pública de abrangência mundial. A atual assistência de enfermagem, requer uma renovação em suas atividades. A estigmatização vivida diariamente por estes indivíduos na sociedade, aponta que as relações éticas profissionais de responsabilidades e deveres ainda se encontram enfraquecidas, fortalecendo deste modo a desmembração dos indivíduos em sofrimento psíquico na busca de tratamento. Objetivo: Identificar possíveis estratégias de mudanças para acolher o indivíduo em sofrimento psíquico visando compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade, conforme o código de ética dos profissionais de enfermagem. Método: Revisão de literatura científica, de natureza qualitativa, coletadas no período de janeiro a agosto de 2019, através das bases de dados LILACS e SCIELO. Para o levantamento dos artigos serão utilizados os seguintes descritores: Ética em Enfermagem; Sofrimento psíquico e Direitos civis, de acordo com o índice dos Descritores em Ciências da Saúde- DeCS. Resultados e conclusões: Identificou-se que indivíduos com sofrimento psíquico experienciam sentimentos de vergonha, diante dos olhares receosos da sociedade em geral, ocasionando à dificuldade em participar dos programas. Tais elementos revelam um despreparo da sociedade e dos profissionais, no acolhimento deste indivíduo. Essa realidade aponta a necessidade de estratégias que fundamentem as relações baseadas nos direitos civis destes indivíduos a nível de respeito e solidariedade tais como: inserção das famílias na terapêutica e rodas de conversas com a comunidade, focando no reconhecimento do outro como ser humano. Dado o exposto é visível a necessidade de tratarmos mais sobre o adoecer psíquico, tencionando a educação como melhoria de saúde da população, e como atribuição do Enfermeiro, conforme a lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, abertas a todo público, com foco nas transformações culturais da sociedade, além do fortalecimento da equipe multidisciplinar através de capacitações éticas periódicas, esclarecendo o impacto das ações discriminatórias e desrespeitosas , de modo que possa haver mudança na aceitação do indivíduo perante a sociedade. Indubitavelmente a união destas alternativas contribuirá para uma vida sociável.