Introdução: A participação em grupo de pesquisa oportuniza o estudo e o empoderamento dos envolvidos em determinada área de conhecimento, pressupondo troca de saberes e experiências. Nessa perspectiva, o grupo de pesquisa “Gestão e Educação em Saúde e Enfermagem na Perspectiva Colaborativa interprofissional” da Universidade de São Paulo (USP), subsidia discussões e reflexões com vistas ao aprimoramento de pesquisas e desenvolvimento de profissionais de saúde para uma atuação colaborativa. Objetivo: Descrever as atividades realizadas em um grupo de pesquisa da USP e sua relação com a interprofissionalidade em saúde. Metodologia: Trata-se do relato das atividades realizadas e vivenciadas no grupo de pesquisa por discentes de pós-graduação. As reuniões ocorrem mensalmente na Escola de Enfermagem, sendo o grupo composto por estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais assistenciais e docentes de diversas áreas. A participação pode ser presencial ou por meio de videoconferência, permitindo o envolvimento de participantes de diferentes regiões do Brasil e de outros países. Resultados: Durante os encontros ocorrem leitura e discussão de artigos sobre novos conhecimentos produzidos na área, apresentações de projetos de pesquisa de membros do grupo e oficinas de compartilhamento de saberes, ancorados em contextos práticos e referenciais teóricos de processos de trabalho e desenvolvimento de competências. As reuniões promovem espaços de discussão crítica e reflexiva conjunta, com abordagens intersetoriais incluindo aspectos políticos, sociais e educacionais. Nesse sentido, torna-se possível discutir diferentes possibilidades para a educação e trabalho interprofissional a partir das realidades distintas de cada integrante, o que enriquece a construção de conhecimentos compartilhados, possibilitando também o exercício da elaboração de novos desenhos de pesquisas e a valorização da produção de saberes e sua disseminação. Conclusão: Este grupo de pesquisa estimula a valorização da interdependência e articulação entre as profissões, permitindo reflexões e ações no sentido de superar a lógica fragmentada da assistência e promover maior resolubilidade nos processos de saúde, tendo a tecnologia leve papel central nesse contexto. Considera-se essencial, ainda, o papel do grupo de pesquisa na articulação do ensino, pesquisa e extensão, somada à responsabilidade social dos seus participantes enquanto profissionais da área da saúde e pesquisadores.