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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA VIOLÊNCIA EM ADULTOS EM CHAPECÓ: A NOTIFICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE VISIBILIDADE
Relatoria:
Renata Gobetti Borges
Autores:
  • Angélica Morand
  • Milena Lorenzini
  • Lucimare Ferraz
  • Vanessa Correa de Moraes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência pode acontecer por diversos meios, sendo classificadas como: sexual, tortura, física, psicológica, negligência, podendo ser provocada por terceiro e ou autoprovocada (CEZAR; ARPINI; GOETZ, 2017). Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da violência em adultos - 20 a 59 anos - no município de Chapecó nos últimos cinco anos. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, com abordagem quantitativa. Realizado no município de Chapecó no período de 2014 a 2018. A coleta de dados ocorreu na base de dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica – DIVE. Os dados obtidos foram tabulados, por meio do programa EXCEL, sendo aplicados cálculos de razão e proporção. Resultados: A incidência de casos de violência em Chapecó sofreu um decréscimo gradual, tendo um quantitativo em 2014 de 357 casos, em 2015 de 336 casos, em 2016 de 200 casos, em 2017 de 192 casos e em 2018 de 149 casos, totalizando 1234 casos. Do total de notificações 55% dos casos ocorreram em pessoas do sexo feminino e 45% no sexo masculino, assim a cada 10 pessoas violentadas em Chapecó, 06 são do sexo feminino. Em relação à escolaridade: 55% dos casos ocorreram com pessoas que tinham até o ensino fundamental completo, 29% dos casos em pessoas que tinham até o ensino médio completo e 7% dos casos em pessoas com ensino superior incompleto ou completo. Vale ressaltar em relação à violência o sexo do agente agressor, sendo o sexo masculino responsável por 67% dos casos notificados de violência no município em questão, e o sexo feminino responsável por 28% dos casos. Considerações finais: Percebeu-se que o sexo é um determinante importante em relação à violência, ficando explícita a importância das políticas públicas de proteção à mulher. Apesar de ser um município que vem crescendo muito nos últimos anos a incidência de violência contrasta-se a esse crescimento, vindo a diminuir nos últimos tempos. Com base nos resultados encontrados salienta-se a importância do profissional enfermeiro capacitado para trabalhar com a temática e com ênfase na notificação, sendo de fundamental importância criar medidas de intervenção. A violência é uma questão de saúde pública e para auxiliar na redução da incidência dos casos, o profissional de enfermagem atuante nas redes de saúde, deve atentar-se em identificar possíveis casos de violência e com o auxílio dos dados realizar estratégias de promoção da saúde.