Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
VIVÊNCIA DE MÃES DE CRIANÇAS COM ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA
Relatoria:
PAMELA DOS REIS
Autores:
- Evelin Matilde Arcain Nass
- Viviane Cazetta de Lima Vieira
- Verônica Francisqueti Marquete
- Josane Rosenilda da Costa
- Erika dos Santos Ratuchnei
- Sonia Silva Marcon
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A alergia Alimentar (AA) é um problema nutricional que tem apresentado crescimento nas últimas décadas. Diferente das intolerâncias alimentares, nas AA estão envolvidos mecanismos imunológicos, que podem levar a choque anafilático. Em lactentes e crianças pequenas, o leite de vaca (LV) é o principal responsável pelas AA. Objetivo: investigar a vivência de mães de crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) no cuidados aos filhos. Metodologia: Estudo exploratório com abordagem qualitativa, realizado com nove mães de crianças com APLV residentes em Maringá-PR, localizadas e contatadas em grupos on-line sobre a temática hospedados na rede social Facebook. A coleta de dados ocorreu em 2017 por meio de entrevistas semiestruturadas nos domicílios. O conteúdo das entrevistas foi transcrito na íntegra e submetido à Análise de Conteúdo. Foram respeitadas as diretrizes éticas para pesquisas com seres humanos. Resultados: Emergiram três categorias: “Dificuldades na assistência às crianças com APLV” – a categoria abordou os entraves vivenciados pelas mães nos serviços de saúde e escolas devido ao despreparo e até mesmo descrédito em relação ao diagnóstico. Muitos confundem a APLV com Intolerância à Lactose o que pode expor as crianças a tratamentos errôneos, como medicamentos e alimentos sem lactose, mas que contém traços de proteína do LV; “Repercussões sociais da APLV” – a dieta de restrição ao LV e traços acarreta isolamento social, pois culturalmente nossa vida social está ligada à alimentação, e o risco de exposição da criança ao alérgeno pode dificultar a participação da família em ocasiões de interação; “Papel materno nos cuidados da criança com APLV” – a mãe mostrou-se o centro do cuidado das crianças. Nessa situação os cuidados são redobrados e muitas mães, com o intuito de manter o Aleitamento Materno, também adotam a dieta de restrição ao LV e traços para evitar a transmissão do alérgeno ao filho por meio do próprio leite materno. Conclusão: As mães de crianças com APLV vivenciam dificuldades na assistência em serviços de saúde e escolas, devido ao despreparo dos profissionais e falta de conhecimento sobre o problema. As restrições alimentares também podem repercutir na vida social destas, devido ao risco de exposição ao alérgeno. Conclui-se que as peculiaridades da APLV trazem às mães das crianças APLV maior necessidade de atenção e cuidados para evitar episódios de reação alérgica.