Em 2010, 45 milhões de brasileiros se autodeclaram com alguma deficiência. Em 2011, dando seguimento à implantação de Políticas Sociais neste campo, foi lançado o Programa “Viver sem Limite” com a articulação de 15 frentes ministeriais para sua plenitude e efeitos na vida das pessoas com deficiência (PD). Análise microvetorial desenvolvida em estudo cartográfico, descritivo com abordagem qualitativa que utilizou o usuário-guia como ferramenta para acessar as redes vivas (RV) da PD no município do Rio de Janeiro no período de novembro de 2014 até outubro de 2016. A análise das narrativas ocorreu a partir dos registros das entrevistas livres e diários de campo. Objetivo: Mapear as RV produzidas para o cuidado de PD frente aos efeitos do Viver sem Limite”. Em acordo com a noção de integralidade do cuidado e da multiplicidade na produção da vida, emergiram as necessidades de saúde sob as dimensões do acesso à informação, orientação ao cuidado e aos serviços de saúde, com destaque para as áreas das especialidades e da reabilitação, não apenas pela necessidade de acompanhamento, como pela dificuldade de acesso, e efetivar a continuado do cuidado ao longo da vida. Embora tenha ampliado a cobertura na Atenção Básica, nicho de encontros para o cuidado com enfermeiros, há a invisibilidade das pessoas com deficiência e suas necessidades, implicando na qualificação do cuidado às PD, na formação e prática profissional do enfermeiro. Na produção das RV, ganha destaque o acesso à educação e a produção da vida na diferença em aproximação a produção de vida capitalística. Na dimensão da atenção à saúde, as PD produzem suas vidas para além da deficiência e da diferença, vazam com os fluxos normativos do sistema de saúde para produção de RV. Número do parecer do CEP: 876415.