Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
ERROS CIRÚRGICOS NA MIDIA TELEVISIVA: UM ESTUDO DOCUMENTAL
Relatoria:
Samara Sandy Pereira dos Santos
Autores:
- Karoliny Ruama Carrenho Ribeiro
- Maritya Mayumi Isiri Tada
- Larissa Cristina Gazola de Paulo
- Aline Barbieri
- Verusca Soares de Souza
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Estima-se que das 234 milhões de cirurgias realizadas anualmente pelo mundo. Os erros mais comuns envolvem recursos materiais, tecnológicos e humanos e entre as estratégias indicadas para garantia da segurança do paciente cirúrgico encontra-se a implementação do checklist de cirurgia segura (HENRIQUES et al., 2016). Nessa perspectiva, a ampliação da discussão sobre os erros cirúrgicos divulgados na mídia, pode fornecer subsídios para a reflexão sobre as práticas aplicadas nos serviços de saúde e com isso, permitir o replanejamento da assistência. Objetivo: Analisar divulgações de erros cirúrgicos em uma mídia televisiva brasileira. Método: Pesquisa descritivo-exploratória, documental, de abordagem qualitativa. No estudo foram utilizadas reportagens do G1. Incluiu-se as 100 primeiras reportagens que abordavam a ocorrência de erros cirúrgicos. Como termo de busca, utilizou-se “erro cirúrgico” e para seleção das reportagens para leitura na íntegra, verificou-se a manchete, olho e lead. Aplicou-se aos dados elencados a técnica da análise de conteúdo temática. Resultados: Foram analisados 18 casos, nos quais, 15 eram adultos - 10 mulheres e cinco homens; duas crianças e um adolescente. Seis casos evoluíram para o óbito, cinco pacientes continuaram com sequelas/não submetidos à novo procedimento, cinco foram submetidos à reabordagem cirúrgica para procedimento correto/retirada de material esquecido em cavidades, em um havia risco de amputação do membro e um teve infecção. Acerca da divulgação do desfecho ou investigação, sete casos estavam submetidos à apuração pela policia, em dois casos os médicos foram condenados, em dois foi relatado o desejo da família/paciente na judicialização, em dois foi aberto investigação pelo Conselho Regional de Medicina, um estava sendo analisado pelo hospital que abriu sindicância, um permanecia em julgamento, em um o médico e o Estado foram condenados, um estava em investigação pela prefeitura e em um caso o hospital assumiu o erro. Conclusão: os erros cirúrgicos divulgados pela mídia, resultaram em óbitos ou sequelas de pacientes adultos e geraram investigações, em sua maioria, de cunho policial.