Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
DESAFIOS DA DESOSPITALIZAÇÃO E TRABALHO DA GESTÃO DE LEITOS EM UM HOSPITAL DA TRÍPLICE FRONTEIRA
Relatoria:
Vanessa Trento
Autores:
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Vivemos uma transição demográfica marcada pelo envelhecimento populacional, aumento das doenças crônicas, e como consequência temos sobrecarga nos hospitais, internações hospitalares prolongadas e reinternações frequentes. A desospitalização é essencial para a sustentabilidade do sistema de saúde. Os pacientes em condições de internação prolongada, cuja doença ou lesão encontra-se estável, com possível recuperação lenta devido ao quadro clínico, podem continuar o acompanhamento de saúde fora do hospital, com planejamento da assistência individualizada e com segurança. Diante disso a equipe de enfermagem da Gestão de Leitos em conjunto com a Médica hospitalista do Hospital Ministro Costa Cavalcanti de Foz do Iguaçu – Paraná, reestruturam o processo de desospitalização, buscando melhoraria dos resultados estratégicos de giro de leito e tempo de permanência hospitalar, com objetivo de identificar os paciente com condições clinicas favoráveis a alta hospitalar com eficiência. A atuação da equipe vai de encontro a questões enfrentadas de alta complexidade, cuja demanda é maior que o quantitativo de leitos livres. Trata-se do acompanhamento aos pacientes de longa permanência internados na clínica médica e cirúrgica, buscando identificar e providenciar meios para a desospitalização, através da avaliação clínica e plano terapêutico, são realizadas orientações pela equipe multiprofissional, com o grande desafio de preparar os familiares para reorganizarem a vida no domicílio para que possam assumir os cuidados do doente em poucos dias. Em pouco mais de 4 meses foi possível acompanhar 84 pacientes internados há mais de 15 dias, considerados de longa permanência, sendo possível através de intervenção, desospitalizar 9 pacientes, sendo 01 caso internado com mais de 156 dias. Conclui-se que as ações de desospitalização tem sido efetivas, e tem contribuído com os resultados estratégicos, como redução do tempo de permanência que era 4 dias em maio de 2019, passou para 3,78 dias em julho, e melhora do giro de leito em 0,26%, que era 5,04% em maio de 2019, e passou para 4,78% em julho, embora seja recente, há a necessidade de aprimoramento constante dos processos, para a recuperação mais rápida do paciente no domicilio, e buscando a utilização eficaz dos leitos hospitalares.