Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
A adesão e a prática da higienização das mãos pelos profissionais de saúde em um Hospital Universitário
Relatoria:
FERNANDA VALÉRIA SILVA DANTAS AVELINO
Autores:
- Esteffany Vaz Pierot
- Priscila Martins Mendes
- Samya Raquel Soares Dias
- Alessandra Sousa Monteiro
- Maria do Carmo Santos Ferreira
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) ocorrem em todo o mundo e representam um grande desafio aos cuidados prestados pelos profissionais de saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou em 2005 o desafio intitulado “cuidado limpo é cuidado mais seguro”, após reconhecer a importância da higienização das mãos (HM) na prevenção de IRAS. Todavia, sabe-se que os índices de adesão à higienização das mãos ainda se encontram aquém do necessário para garantir melhorias de práticas assistenciais. OBJETIVO: objetivou-se supervisionar a adesão e a técnica utilizada pelos profissionais da saúde durante a prática de HM em um hospital universitário. MÉTODO: trata-se de um estudo observacional, realizada em um Hospital Universitário, na região nordeste do Brasil. A coleta de dados ocorreu através da observação direta do processo de HM, propiciada por instrumento adaptado do Manual de HM da OMS. A população-alvo do estudo foram os profissionais da saúde que entraram em contato direto com os pacientes. RESULTADOS: foram observados 50 profissionais de diferentes categorias em 150 oportunidades de HM. A taxa de adesão geral foi de 54 (36,0%), destas, 26 (17,3%) utilizaram a fricção com álcool e 28 (18,7%) com água e sabão. Conforme observado, a equipe de enfermagem apresentou o maior número de oportunidades de higienização das mãos (n=96, 64,0%). Enfermeiros e técnicos de enfermagem, seguidos de médicos possuíram a maior quantidade de observações, com um total de 126 registros (84%,0). Destes, 119 (94,4%) realizaram de maneira incorreta, enquanto apenas sete (5,5%) indicaram a realização de forma correta. Notou-se que, os fisioterapeutas e nutricionistas realizaram a técnica de higienização das mãos de forma incorreta em (100%) das oportunidades. O tempo médio utilizado para a fricção com álcool foi de 11,8 segundos, já para a higienização com água e sabão foi de apenas 26,5 segundos. Dos 11 profissionais que utilizavam adornos apenas um fez a retirada deles durante a prática. DISCUSSÃO: estes resultados convergem com os dados da literatura no que se refere a baixa adesão geral (29,0%) e apontam um fator agravante no que se refere a realização inadequada da técnica. CONCLUSÃO: portanto, foi visualizada uma baixa adesão à HM com utilização de utilização de técnica maciçamente inadequada. Sugere-se a realização de investigação ampla e aplicação de intervenções práticas inovadoras que possam sensibilizar os profissionais de saúde.