Introdução: Refletir sobre o cuidado aos pacientes com transtornos mentais na rede de saúde é considerado imprescindível para profissionais que trabalham com o princípio da integralidade dos sujeitos. A Rede de Atenção Psicossocial foi instituída com o intuito de sistematizar o cuidado a esses pacientes, entretanto, é necessário avaliações sistemáticas do atendimento oferecido, principalmente pela atenção básica por ser essa a porta de entrada ao Sistema Único de Saúde. Objetivo: Analisar as produções científicas acerca dos atendimentos realizados na atenção primaria aos pacientes com transtornos mentais. Método: Abordagem qualitativa, por revisão integrativa, realizado entre julho e agosto de 2019, nas bases de dados Scielo e PubMed com a utilização dos descritores: Saúde Mental, Atenção Primária à Saúde e Rede de Cuidados Continuados de Saúde. Para a análise, os dados encontrados foram organizados em um quadro que continha: o título do artigo, ano de publicação, autores, temática do estudo, resultados e conclusão investigativa. Resultados: Na primeira busca utilizando os descritores nas bases de dados foram encontrados 637 artigos, sendo necessário realizar o refinamento da pesquisa com a associação dos descritores e critérios de inclusão e exclusão como: o recorte temporal de 5 anos, seleção de artigos encontrados na integra e estudos em português. Com a utilização dos filtros e leitura dos resumos chegou-se ao total de 14 artigos, onde o maior número de publicações encontradas são do ano de 2017. Conclusão: A saúde mental está presente nas discussões dos serviços da atenção básica, entretanto, os profissionais continuam realizando o cuidado focado na medicalização e encaminhamento ao serviço especializado, os estudos comprovam que os profissionais compreendem pouco sobre a função da atenção primaria frente a essa população, fato que corrobora para o cuidado fragmentado. O matriciamento é apresentado como metodologia de trabalho que instrumentaliza esses profissionais para o cuidado em saúde mental, contudo, para concretização dessa estratégia é preciso que os profissionais e os gestores desejem estreitar as micropolíticas entre os profissionais do serviço especializado e da atenção básica.