INTRODUÇÃO: O Acolhimento com Classificação de Risco em Pediatria (ACCRP) consiste em uma avaliação da criança de forma ágil, dinâmica e humanizada, possibilitando identificação da gravidade ou grau de sofrimento, conferindo uma atenção centrada no nível de complexidade e não na ordem de chegada da criança. Objetivando acolher, orientar e reorganizar a rede de atenção à saúde, implantou-se um serviço especializado para atendimento de urgência ao público infantil em um município baiano (Centro de Atenção à Saúde da Criança) composto de Pronto Atendimento Pediátrico (PAP), funcionando 24 horas, e uma Policlínica de Especialidades Pediátricas. OBJETIVO: Relatar experiências de uma enfermeira de ACCRP no Pronto Atendimento Pediátrico. MÉTODO: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa. Consiste em descrever a vivência de uma enfermeira no ACCR no PAP de Camaçari–Bahia, no ano de 2018. RESULTADOS: O trabalho da(o) enfermeira(o) no ACCRP é complexo, haja visto que o atendimento envolve os familiares, que na maioria das vezes faz a interlocução das demandas da criança, ou talvez de suas próprias demandas relacionadas ao cuidado com o paciente infantil. A(o) enfermeira(o) do plantão acolhe e atende à criança, utilizando informações por meio de uma escuta qualificada, identificando urgências e emergências com base na avaliação de parâmetros fisiológicos e em sinais de alerta classificando-a de acordo com o seu quadro. Para as manifestações clínicas graves (atendimento imediato), moderadas (pode aguardar as emergências) e leves (permanecem na fila de espera por ordem de chegada), seguindo posteriormente o fluxo do atendimento baseado na classificação. CONCLUSÃO: A classificação de risco em pediatria operacionaliza um fluxo efetivo de atendimento voltado as resoluções das demandas imediatas da criança e família, através da abordagem realizada pelo profissional. A(o) enfermeira(o) de ACCR em pediatria necessita utilizar uma escuta qualificada, para identificar e graduar os problemas objetivos e subjetivos identificados nas crianças e relatados pelos familiares.