Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DA MORTALIDADE MATERNA POR CAUSAS OBSTÉTRICAS DIRETAS: PIAUÍ, 2010-2017
Relatoria:
KARLA KELMA ALMEIDA ROCHA
Autores:
- Cristiane Maria da Conceição
- Kátia Karine Almeida Rocha
- Kedyma Batista Almeida Silva
- Priscilla Fernanda Dominici Tercas
- Rita da Graça Carvalhal Frazão Corrêa
- Thâmisa Clécia de Paiva Brito
- Fabiana Alves Soares
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a mortalidade materna é um problema de saúde pública mundial e uma prioridade global de saúde. Estima-se que 287.000 mortes maternas ocorreram em todo o mundo no ano de 2010 e devido a essa magnitude, a redução mortalidade materna foi incluída na lista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Objetivo: estudar a prevalência da mortalidade materna por causas obstétricas diretas relevantes no Piauí no período de 2010 a 2017. Metodologia: estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa e dados secundários, através do banco de dados do Sistema de Informação sobre a Mortalidade (SIM), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), realizado entre os meses de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019; a amostra populacional foram as notificações de óbitos maternos ocorridos no período de 2010 a 2017, com ênfase para as mortes maternas especificas por eclâmpsia, hemorragia pós-parto e infecção puerperal; as informações colhidas foram: quantidade por ano e causa do óbito materno (2010 -2017) conforme CID 10, cap. XV: O15- Eclampsia; O85- Hemorragia Pós-parto e O72- Infecção Puerperal com número de óbitos maternos por essas causas obstétricas especialmente, número de nascidos vivos, número de óbitos maternos absolutos e razão de mortalidade materna. Resultados: foram registrados 329 óbitos maternos, e 386.600 nascimentos no estado do Piauí considerando uma série histórica de oito anos; os estados da região nordeste apresentaram mais altos índices de mortalidade materna no período compreendido entre 2010 a 2017; entre as causas de óbitos maternos destacam-se as mortes por eclâmpsia no Piauí. Conclusão: podemos inferir que a razão de mortalidade materna no Piauí continua alta em 2017; RMM (68,0/100.000 NV), mas com uma redução significativa comparando com anos anteriores, principalmente ao ano de 2012; RMM (100,0/100.000 NV); as regiões Norte, Nordeste, Sudeste concentrou os mais altos índices em comparação com as regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil, em que os índices se mantiveram mais baixos. Dessa forma é fundamental a qualidade na assistência prestada às usuárias para que não haja a acomodação na vigilância dos óbitos maternos por parte dos profissionais envolvidos quer seja de forma direta ou indireta, pois a maioria das mortes maternas poderiam ser evitadas com uma assistência de pré-natal adequada.