Este projeto trabalha a prevenção ao uso de drogas nas escolas, mediante o desenvolvimento de habilidades sociais e vínculos afetivos, como meio que favorece a minimização de riscos e a potencialização de fatores de proteção ao uso indevido de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas. O objetivo do presente relato é destacar as experiências vivenciadas pelos acadêmicos da Universidade Federal do Paraná, integrantes do projeto e as contribuições para a sua formação. Desde 2017, o projeto é desenvolvido em escolas da rede pública de ensino junto a alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. É composto por docentes do curso de Enfermagem e acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde e Pedagogia, totalizando 16 membros. As atividades com alunos da escola são realizadas na forma de rodas de conversa e dinâmicas de grupo sobre temas que condizem com o contexto de vida dos alunos e enfatizam a importância do autocuidado em saúde, o exercício dos direitos humanos, a definição de projetos de vida e o respeito mútuo, dentro e fora da escola. De forma lúdica, pretende-se a aproximação afetiva dos alunos. Os resultados já obtidos junto aos estudantes participantes do projeto em andamento envolvem mudanças de cunho qualitativo positivo no relacionamento com colegas e professores, harmonia no relacionamento familiar, desenvolvimento de habilidades afetivas e sociais e melhora da autoestima. A análise crítica dos temas abordados e a consciência da possibilidade da transformação social por parte dos alunos possibilitam escolhas responsáveis e ações assertivas. O desenvolvimento das atividades permite constatar a relevância do tema e, frente à complexidade do mesmo, a necessidade de trabalhar os conteúdos sob o ponto de vista da autonomia, voltada à dialogicidade docente-discente-docente. O desenvolvimento das atividades do projeto como estratégia preventiva em escolas mostra-se inovador e enriquecedor à medida que esta experiência amplia o papel restrito atribuído ao Enfermeiro e aos profissionais da área da saúde, elucidando possibilidades e habilidades dos acadêmicos que não são trabalhadas a fundo na academia.