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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
CONSUMO DE METILFENIDATO NO BRASIL
Relatoria:
Maycon Hoffmann Cheffer
Autores:
  • Rafaela Bramatti Silva Razini Oliveira
  • Franciele Aline Machado de Brito
  • Ana Carolina Bueno Guisso
  • Ieda Harumi Higarashi
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A partir do século XX, o consumo de medicamentos aumentou significativamente, devido ao fortalecimento do paradigma biomédico, crescimento da indústria farmacêutica, ampliação do acesso aos medicamentos e à intensificação dos processos de mercantilização da saúde e medicalização da sociedade. Dentre o medicamento mais utilizado destaca-se o metilfenidato, popularmente conhecido como Ritalina é utilizado para tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade principalmente em crianças em idade escolar. Objetivo: Abordar dados quantitativos sobre o consumo de metilfenidato no Brasil. Método: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura que tomou como fonte produções sobre o consumo de metilfenidato. Nessa revisão a busca pelas referências não precisa esgotar as fontes de informações e a seleção segue a critérios do pesquisador. Desse modo utilizou-se publicações com dados acerca do consumo de metilfenidato. Resultados: O metilfenidato registrou venda de 58.719 caixas em outubro de 2009 e 108.609 caixas em outubro de 2013, evidenciando aumento de mais de 180% em quatro anos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, entre 2009 e 2011, o uso de metilfenidato em crianças com idade de seis a 16 anos aumentou 75%. Em 2000 foram vendidas 70 mil caixas para tratar distúrbios de aprendizagem e, em 2010, 2 milhões, fazendo do país o segundo maior consumidor do medicamento mundialmente. De 2009 a 2014 os estados do Sudeste e Sul foram os maiores consumidores em ordem crescentes são eles São Paulo; Rio Grande do Sul; Minas Gerais; Paraná; Rio de Janeiro e Santa Catarina que juntos consumiram 5.186.981 caixas. O consumo entre as outras regiões brasileiras segue o mesmo padrão, com crescente aumento por parte da região Nordeste. Em 2012, janeiro apresentou 4,7% da venda consumida no ano, enquanto outubro 10% do total, há uma queda acentuada nos períodos de recesso escolar, nos meses de janeiro e dezembro e elevado aumento no mês de outubro, podendo indicar que o metilfenidato é utilizado por crianças e adolescentes em idade escolar com uso reduzido no período de recesso escolar, mas com consumo crescente ao longo do ano, principalmente no termino escolar onde há eminência de reprovação. Conclusão: A ausência de um sistema informatizado que divulgue dados atualizados e periodicamente sobre a venda de metilfenidato é preocupante, já que há um aumento na venda do mesmo, se faz necessário um controle rigoroso seja pela área da saúde ou educação.