INTRODUÇÃO: Em nosso país, a não inserção do homem nas políticas públicas se constitui como uma barreira para o acesso dos mesmos aos serviços de saúde, de maneira especial a Atenção Básica, porta de entrada do Sistema Único de Saúde. Deste modo, sua inserção em ações de saúde é desafiadora na conjuntura atual, por não reconhecerem a importância do cuidado e suas próprias necessidades em saúde, mantendo até os dias de hoje a cultura de seu papel social de provedor, de herói e de sua invulnerabilidade masculina. OBJETIVO: Analisar de que forma os homens são inseridos dentro das Estratégias de Saúde da Família (ESF) do município de Icó-Ceará, pelos enfermeiros. METODOLOGIA: Estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa, realizado nas ESF da zona urbana do Município de Icó, Ceará. Participaram da pesquisa 08 enfermeiras. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista semiestruturada, realizada durante os meses de agosto e setembro de 2018. Os dados foram analisados através da técnica de conteúdo proposto por Bardin. A pesquisa foi desenvolvida de acordo com princípios da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e aprovada pelo parecer de nº 2.789.107 do CEP da UNILEÃO. RESULTADOS: Mediante análise de conteúdo, surgiram 4 categorias: I – O (Des)conhecimento dos profissionais sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Nesta categoria pode-se observar que os profissionais desconhecem a política, o que pode dificultar em relação à assistência ofertada ao cliente. II – HOMENS INVISÍVEIS: Dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro para trabalhar a saúde do homem na ESF. Aqui, ficaram evidenciadas que a própria resistência dos homens e o horário de atendimento são as principais dificuldades enfrentadas. III – Estratégias utilizadas para promoção da saúde masculina. Logo, evidenciou-se que e as enfermeiras têm como foco principal o novembro azul, contudo uma enfermeira trabalha o pré-natal do parceiro. IV – Ausência de capacitação continuada dos profissionais relacionado à saúde do homem. Nesta foi observado à necessidade de capacitação, pois nunca participaram de nada relacionado à saúde masculina. CONCLUSÃO: Diante dos resultados, faz-se necessário a realização de educação permanente e capacitação continuada dos profissionais, tendo em vista, tornar os mesmos conhecedores da PNAISH, assim como, melhorar a assistência voltada à saúde masculina, já que se trata de um público pouco presente na ESF.