INTRODUÇÃO: A violência sexual contra a mulher é uma agressão desumana e persistente, trata-se de uma manifestação de poder do homem sobre a mulher, na subjugação do seu corpo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 35,0% das mulheres no mundo já sofreram alguma vez na vida este tipo de violência. Todavia, a atenção primaria à saúde é um espaço primordial para o acolhimento as mulheres vitimas de violência sexual. OBJETIVO: Analisar os achados da produção científica acerca do atendimento as mulheres vítimas de violência sexual na atenção primária. MÉTODOS: Estudo exploratório, descritivo, do tipo Revisão Integrativa de Literatura (RIL), envolvendo estudos nacionais entre 2015 e 2018, publicados em meio à base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - Brasil. O levantamento dos artigos se deu durante junho e julho de 2019. A amostra final dessa RIL foi de 09 artigos que constituíram as unidades de análise de conteúdo. Utilizou-se como critérios de inclusão: textos disponíveis na integra em língua portuguesa, e completos, tipo de documento artigo. Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo proposta por Bardin. RESULTADOS: Após a leitura reflexiva dos artigos foram constituídas duas categorias: 1 - Dificuldades e barreiras dos profissionais da atenção primária para o enfrentamento da violência sexual em mulheres. Pode-se evidenciar nesta categoria que o medo e a insegurança por parte dos profissionais, o despreparo, a sobrecarga de trabalho, a ausência de educação perante, a inadequação dos espaços físicos para o atendimento, o sentimento de impotência para a resolubilidade dos casos, são tidas como dificuldades. 2 - Intervenções dentro da atenção primária para prevenção e identificação de mulheres vítimas de violência sexual. Nesta, pode-se verificar que a realização de campanhas, palestras de prevenção e conscientização, reuniões em grupo e aconselhamento, assim como, as visitas domiciliares são intervenções que podem ser feitas dentro da atenção primaria. Ainda, a notificação da violência, bem como, o acompanhamento da vítima pela equipe multiprofissional são intervenções essenciais. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram uma realidade permeada por dificuldades e limitações, assim como, pode-se observar que na atenção primaria podem ser realizadas intervenções para a prevenção e identificação de mulheres vitima deste problema. Contudo, se faz necessário o aprimoramento das políticas públicas relacionados à violência.