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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CAMINHONEIROS
Relatoria:
Bruna de Adrade Bida
Autores:
  • Vanessa Ritieli Schossler
  • Andrieli França da Luz
  • Daniela Milani
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica. A participação do hipertenso é muito importante para o seu controle, pelo fato de que a HAS possui fatores modificáveis e não modificáveis. Nesse sentido, é grande a importância de mudar alguns hábitos de vida, que possam ser prejudiciais e adotar outros para beneficiar a saúde. Alguns grupos populacionais são mais vulneráveis a HAS. Como exemplo, os caminhoneiros, pois tem hábitos de vida que favorecem essa doença. O estudo é um recorte de uma pesquisa epidemiológica de desenho transversal realizado em uma cooperativa de transportadores rodoviários autônomos e um posto de gasolina em duas cidades do interior do Paraná. O estudo foi aprovado pelo COMEP: nº 2.278.828. O instrumento para coleta de dados abrangeu questões sobre às características sociodemográficas, características de trabalho, estilo de vida e duas escalas: Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e o World Health Quality of Life-Bref (WHOQoL breve). No total 120 motoristas participaram. 20,8% deles alegam ter diagnóstico médico da doença e 5,8% afirmam que tem, mesmo sem diagnóstico. Os caminhoneiros não seguem alimentação saudável, não praticam atividade física e a maioria está com sobrepeso (38,1%) ou obesidade (40,7%). A falta de atividade física é considerada atualmente o maior problema de saúde pública, pois é o fator de risco mais comum para diversas patologias. Os caminhoneiros têm predisposição ao sedentarismo, pelo fato de que dirigir tem baixo gasto de energia; 87,5% dos motoristas relatam que não praticam atividade física. Outro dado que chama atenção no presente estudo é que 30% dos motoristas são tabagistas. No Brasil, os dados da VIGITEL mostram que a média de tabagismo entre homens com mais de 18 anos nas capitais do Brasil e DF foi de 13,2% em 2017. A nicotina aumenta a liberação de catecolaminas que contraem os vasos sanguíneos, aceleram a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial. Os caminhoneiros estão acima da média nacional. Infelizmente, este é um fator de risco para desenvolver várias doenças crônicas. Portanto, observou-se que os caminhoneiros têm sua saúde comprometida, se expõem a várias doenças, decorrente da dificuldade para manter hábitos de vida saudáveis, como alimentação adequada, prática diária de atividade física. Os mesmos passam dias nas estradas, dificultando sua procura pelos serviços de saúde. É necessária a realização de ações de saúde em locais de fácil acesso, como postos de gasolina.