Introdução: A demanda crescente sobre o sistema de saúde brasileiro exige eficiência nos processos gerenciais em especial no âmbito hospitalar. Métodos e ferramentas da indústria foram adaptados para área de saúde como o conceito de produção enxuta (Lean), um sistema de gestão com foco na eliminação dos desperdícios, aplicado nos hospitais, melhoram o desempenho e amplia a oferta a população. O Ministério da Saúde, em parceria com Hospital Sírio-Libanês desenvolveu o LEAN nas Emergências, reduzindo a superlotação nos Hospitais Públicos. Essa é uma filosofia de gestão para a melhoria de processos baseado em controle do tempo, para assegurar fluxos contínuos e reduzir a atividade de baixo valor agregado. Objetivo: Aperfeiçoar o funcionamento institucional, reduzindo a superlotação no Pronto Socorro. Metodologia: O Hospital do Trabalhador foi escolhido juntamente com 9 hospitais públicos brasileiros, para integrar o 1º ciclo do projeto. Em Maio/2018 iniciou com as reuniões quinzenais lideradas pelos consultores, através do diagnóstico de partida, confirmou a situação de superlotação e por meio de ferramentas e recursos metodológicos, instituiu ações e trouxe melhorias com novos fluxos e rediscussão da planta física, reduziu disperdicio e aumentou a agilidade e qualidade no atendimento. Resultado: Em 4 meses de projeto, os pacientes que não necessitavam de internação reduziram o tempo de espera de 12 horas para 3 horas (redução de 78%), pacientes com necessidades de internação o tempo médio de espera que era de 26 horas, passou a ser de 4 horas, (redução de 92%). O hospital, que atendia 5000 pacientes por mês de forma desorganizada, passou a atender 6200 com fluxo bem definido. Os colaboradores e usuários de todo o hospital perceberam a mudança, melhorou a assistência, o relacionamento interpessoal, diminuindo o estresse laboral e os custos. Conclusão: Inicialmente teria o objetivo de melhorar os fluxos e processos mas obteve uma mudança de conceitos em todas as unidades do hospital, aprimorando a performance das UTIs, Centros Cirúrgicos, Enfermarias, exigindo uma gestão atuante do Núcleo Interno de Regulação, aumentando a taxa de ocupação e número de cirurgias/dia, diminuindo o tempo de higienização dos leitos e otimizando o plano de alta hospitalar, assim evoluindo para patamares de eficiência, onde atendemos mais, melhor e sem aumento de custos, tornando-se exemplo de um bom uso dos recursos públicos.