Durante nossas atividades profissionais, trabalhando em territórios com alta incidência de tuberculose no Município do Rio de Janeiro (MRJ), o alto índice de abandono ao tratamento, reincidência da doença, óbito, fez com que buscássemos analisar as ações de Promoção da Saúde na adesão ao tratamento da tuberculose que foram publicizadas pelas Coordenadorias Gerais de Atenção Primária (CAP’s) do MRJ. Objetivo: conhecer as ações de Promoção de Saúde realizadas pelo MRJ, no período de 2013 a 2017 e analisar com base no Modelo Explicativo / Avaliativo de LEME e SERRA, 2015. Metodologia: Utilizamos uma abordagem qualitativa, com finalidade exploratória sob a forma do delineamento de pesquisa descritiva e documental para analisar as ações de Controle da Tuberculose desenvolvidas no MRJ de acordo com o modelo supracitado: A sistematização confirmou os seguintes eixos: Ações Identificadas e suas especificidades. Resultados e discussão: 174 ações realizadas: nos anos de 2013 e 2014 – 9 ações. Devido à campanha da OMS (2014) em 2015 houve um aumento 1044%, demonstrando que a tensão internacional colaborou para esse aumento. De 2015 a 2016, queda de 66%. De 2016 a 2017 caiu para 91,3%. Em relação a Especificidades, usaram-se os seguintes espaços potentes: escolas, shopping, igreja e etc.; Utilização de técnicas dialógicas, roda de conversa e etc. De acordo com o modelo, temos redução de estímulos ao debate. 1,14% foram avaliadas sobre apropriação do conhecimento. A CAP 1.0 e 2.2 realizaram ações que atingiram o objetivo proposto de acordo com o modelo, na primeira, produção do filme: “O ÓBVIO” em 2013, apresentado a comunidade debatido e na segunda os adolescentes a criarem um jogo de tabuleiro. Conclusão: segundo censo 2010, a população do MRJ era de 6.320.446 hab., as 174 ações realizadas no período de 2013 a 2017e publicizadas no D.O demonstra insuficiência de capacitações de indivíduos e comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da sua própria qualidade de vida, Esta doença negligenciada é um grande problema de saúde pública e o conhecimento a seu respeito deve configurar como possibilidade de ações que minimizem sua incidência, pautadas em um grande debate que levem ao protagonismo e a mudança socioambiental. Confirmamos a necessidade da publicização em documentos oficiais, para proporcionar novas ações e fomento de estudos prospectivos que avaliem a Promoção da saúde.