Introdução: Após o esgotamento de todas as possibilidades terapêuticas na atenção primária à saúde, de prevenção e controle da obesidade, um dos recursos terapêuticos é a cirurgia bariátrica, conhecida popularmente como redução de estômago. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde o começo de 1999, a mesma reúne técnicas embasadas cientificamente voltadas ao tratamento da obesidade mórbida e/ou obesidade grave e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ela. Compreende-se como método rápido e eficaz para a perda significativa de peso e a mais utilizada nos casos de obesidade de grau II e III com possibilidade de perda de peso até 40% do peso inicial do paciente nos primeiros doze meses de pós-operatório. Objetivo: Descrever a taxa de internação por cirúrgica bariátrica na esfera do Sistema Único de Saúde, segundo as cinco grandes regiões brasileiras. Metodologia: Estudo descritivo e de abordagem quantitativa, da taxa de internação por cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo as cinco grandes regiões do Brasil, no período de 2007 a 2018. Os dados foram obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A taxa de internação foi calculada pela razão entre a quantidade de internações e população total, multiplicada pela constante 1000. As análises descritivas foram realizadas pelo programa estatístico denominado R e Microsoft Excel 2013. Por se tratar de um estudo com utilização de dados obtidos de fontes secundárias, sem identificação de sujeitos da pesquisa e cujo acesso é de domínio público, houve dispensa da apreciação pelo comitê de ética e pesquisa. Resultados: No período sob análise foram registradas 73.957 internações para a realização de cirurgia bariátrica pelo SUS, apresentando uma taxa de 0,35 cirurgias por 1000 habitantes/ano com diferenças regionais, sendo a menor taxa na Região Norte (0,03 cirurgias por 1000 habitantes/ano), seguida da Região Centro-Oeste (0,06 cirurgias por 1000 habitantes/ano), Nordeste (0,09 cirurgias por 1000 habitantes/ano), Sudeste (0,28 cirurgias por 1000 habitantes/ano) e Sul (1,40 cirurgias por 1000 habitantes/ano). Conclusão: observaram-se, no período analisado, disparidades regionais quanto ao coeficiente de internação por cirurgia bariátrica no Brasil, na esfera do SUS.