INTRODUÇÃO: O momento do parto configura-se como um processo natural, que abrange aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. Garantindo assim, uma experiência única e de importante impacto emocional, não só para a mulher, mas para a família. No final do século XIX, com objetivo de reduzir as altas taxas de mortalidade materna e perinatais, ocorreu a institucionalização do parto, sendo a parturiente deixada de ser protagonista no ambiente hospitalar, e a equipe profissional responsável pelo parto, tendo em sua volta equipamentos e pessoas desconhecidas. Contudo, nas últimas décadas, este modelo de assistência tem levantando questionamentos sobre a qualidade da assistência prestada à mulher durante a gestação, parto e puerpério. Conduzindo à criação de políticas públicas voltadas à saúde da mulher e humanização da assistência, sendo umas destas, contato pele a pele mais breve possível. OBJETIVO: Revelar o quantitativo do contato pele a pele no parto normal em um Hospital Universitário. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva com análise documental retrospectiva e de abordagem qualiquantitativa. Este estudo é derivado da pesquisa intitulada “PARTO INSTITUCIONAL: avaliação da assistência ao parto normal em uma maternidade escola de São Luís - MA”. Foi realizada no Centro Cirúrgico Obstétrico (CCO) do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA), na Unidade Materno-Infantil. Foram coletadas informações de 1388 fichas referentes ao período compreendido entre julho de 2017 e maio de 2018. Apreciado pelo Comitê de Ética em Pesquisa – CEP – HUUFMA, parecer de aprovação nº 2.073.252. RESULTADOS: O número total de partos normais realizados no hospital de estudo foi de 1406 (48,7%). No que tange a humanização dos cuidados após o parto, direcionados a mãe e recém-nascido (RN), 548 (39,48) realizaram o contato pele a pele na primeira hora de vida. CONCLUSÃO: O contato pele a pele se configura como de exímia importância, iniciando-se uma série de eventos sensoriais, hormonais, fisiológicos, imunológicos e comportamentais, muitos dos quais contribuem positivamente para a ligação da mãe e seu bebê, o que vai gradualmente unindo-os e contribuindo para o posterior desenvolvimento do relacionamento. Portanto, o incentivo à essa prática com consequente realização, proporcionam benefícios de grande valia para toda a vida desta família, cabendo aos profissionais de saúde estarem sensibilizados e preparados para ofertarem uma assistência mais humanizada.