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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ÀS PESSOAS EM SOFRIMENTO MENTAL NA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
Relatoria:
Sávio Luiz Ferreira Moreira
Autores:
  • Daiane Brito ribeiro
  • Beatriz Oliveira Xavier
  • Vinicius Santos Barros
  • Manuela de Jesus Silva
  • Taynnan de Oliveira Damaceno
  • Caren Santos Limeira
  • Benedito Fernandes da Silva Filho
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A rede de atenção às urgências tem o Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) como uma ferramenta reorganizadora dos processos de trabalho, buscando melhorar e consolidar o Sistema Único de Saúde - SUS. O ACCR, consiste em uma avaliação dos indivíduos de forma ágil, dinâmica e humanizada, possibilitando identificação de gravidade ou grau de sofrimento, conferindo uma atenção centrada no nível de complexidade e não na ordem de chegada dos pacientes. Contudo, ao se tratar de pessoas em sofrimento mental muitos profissionais relatam dificuldade em realizar o ACCR de forma qualificada e humanizada. OBJETIVO: verificar a forma como é realizado o ACCR na rede de atenção às urgência ao indivíduo em sofrimento mental. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa na qual foi realizada uma avaliação crítica de artigos contidos na Biblioteca Virtual em Saúde a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Acolhimento”, “Urgência”, “emergência”, “Sofrimento mental” com auxílio do Operador Booleano AND. A pesquisa foi realizada em março de 2019. RESULTADOS: a partir da reforma psiquiátrica, pessoas em sofrimento mental retornaram ao convívio social e passaram a ser acompanhadas pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), no entanto, frequentemente, necessitam de atendimento nos serviços de urgência devido as crises e surtos que ocorrem. Dessa forma, o que se espera é um ACCR humanizado que possibilite um cuidado visando a singularidade do paciente nos seus aspectos orgânicos/biológicos, sociais e emocionais. Porém, frequentemente o que encontramos é um despreparo por parte dos profissionais no acolhimento a essas pessoas. Esse despreparo advém do estigma criado acerca dessas pessoas que são rotuladas, em sua maioria, como pessoas agressivas que devem sempre estar dopadas ou em lugares isolados. Mesmo com a reforma psiquiátrica esse pensamento arcaico ainda se faz presente na mente de muitos profissionais. CONCLUSÃO: É notório uma deficiência no acolhimento a pessoas em sofrimento mental na rede de atenção às urgências. Percebe-se um despreparo dos profissionais devido ao estigma que esses indivíduos carregam consigo. Portanto, são imprescindíveis estratégias educativas que sensibilizem estes profissionais a buscarem qualificação desfazendo-se do estigma já enraizado em nossa sociedade, além de especializações que permitam maior conhecimento e um melhor atendimento nas unidades de urgências.