Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
DESCARTES DE HEMOCOMPONENTES NO AMBIENTE HOSPITALAR: ANÁLISE DO SERVIÇO DE HEMOVIGILÂNCIA
Relatoria:
Carolinne Cardoso da Silva
Autores:
- Flávia Allegretti Alvares
- Ligia Satiko Simomura
- Maristela Salete Maraschin
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A transfusão de hemocomponentes é uma terapia onerosa e importante para a medicina moderna. O seu uso racional é capaz de salvar vidas e de melhorar as condições clínicas dos pacientes. Entretanto, os casos de descartes ou subutilizações de hemocomponentes geram perdas financeiras e sociais inestimáveis ao Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Analisar os casos de descartes de hemocomponentes no ambiente hospitalar. Metodologia: Estudo quantitativo, observacional, documental e retrospectivo, o qual o serviço de hemovigilância analisou os casos de descartes de hemocomponentes no Hospital Universitário do Oeste do Paraná em 2018. Os dados foram coletados por meio de análise das fichas de transfusões e dos prontuários dos pacientes. Para o estudo teve-se a aprovação do Comitê de Ética conforme o Parecer nº 3443816/2019. Resultados: No período estudo foram dispensadas 4000 bolsas de hemocomponentes para o hospital. Dentro deste quantitativo 61 (2%) bolsas de hemocomponentes foram descartadas. O hemocomponente mais desprezado foram as hemácias com 28 (45%) bolsas, seguido de 26 (43%) bolsas de plasma e 07 (12%) de plaquetas. Nos setores emergenciais e críticos ocorreu a maior concentração de descartes de 56 (92%) hemocomponentes. Já os setores não críticos, as enfermarias, o descarte foi numericamente menor com 05 (8%) bolsas desprezadas. Entre os motivos às quais levaram as inutilizações: 40 (66%) bolsas não foram administradas devido a melhora clínica-laboratorial do paciente; 12 (20%) bolsas descartadas por motivo de óbito; 07 (10%) bolsas por reação transfusional do tipo febril e 02 (4%) bolsas por outros motivos. Conclusão: O total de bolsas descartadas contribuiu para perdas sociais e financeiras de forma irreparável ao SUS. Parte destes descartes poderiam ser evitados se protocolos assistenciais fossem implantados e respeitados. Observou-se a falha na comunicação entre o profissional prescritor com a agência transfusional. Portanto, a estratégia proposta pela hemovigilância, como medida corretiva e preventiva seria a recomendação ao profissional que após a previsão do quantitativo de hemocomponentes, a serem transfundidos, e em contato e acordo com a agência transfusional façam a distribuição dos hemocomponentes em etapas ao invés da distribuição acontecer de uma vez. Assim, o número de descartes poderia ser reduzido e consequentemente reduziria o impacto aos cofres públicos além de garantir respeito ao doador.