INTRODUÇÃO: o parto fisiológico é visto como um processo profundamente doloroso pelo qual a parturiente deve submeter-se para que possa dar à luz a seus filhos. No entanto os métodos não farmacológicos podem reduzir essa sensação dolorosa causada pelo parto. Esses métodos também conhecidos como tecnologias não invasivas são todos os procedimentos e técnicas utilizadas durante a assistência à mulher nas diferentes fases do parto e pós-parto que tornam esse momento mais prazeroso e humanizado para a parturiente e seu acompanhante. OBJETIVOS: relatar a experiência dos autores sobre uso de tecnologias não invasivas para alívio da dor no parto, utilizadas em uma maternidade de referência. METODOLOGIA: estudo descritivo, do tipo relato de experiência com foco na análise do uso das tecnologias não invasivas para alívio da dor no parto. A experiência teve como cenário o Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), hospital de referência em urgência e emergência nas áreas de ginecologia, obstetrícia e neonatologia, no Estado do Amapá, e para alguns municípios do Estado do Pará. O centro de parto normal (CPN) foi o setor escolhido para utilização das tecnologias não invasivas e as condutas utilizadas foram: acolhimento, massagens, banho de aspersão, bola suíça, respiração, musicoterapia, suporte psicológico e incentivo à deambulação. RESULTADOS: evidenciou-se que as tecnologias não invasivas são eficazes por proporcionar maiores condições de participação ativa da parturiente no parto, permitindo um progresso rápido de dilatação e nascimento. O acolhimento realizado e as orientações fornecidas foram importantes meios para a humanização deste momento, que foi oportuno para os acadêmicos juntamente com a enfermeira demonstrarem atenção, interesse e disponibilidade, buscando conhecer e compreender as expectativas das parturientes e seus familiares, esclarecendo as dúvidas relacionadas à gestação e ao parto. Percebe-se, que as gestantes que tiveram a oportunidade de receber cuidados não invasivos de alívio da dor, além do bem-estar, demonstraram conforto, autoconfiança, autonomia e protagonismo durante o processo parturitivo. Quando é empregado tais métodos, há diminuição ou até mesmo a substituição dos anestésicos e analgésicos resultando em menos intervenções. CONCLUSÃO: as tecnologias não-invasivas foram instrumentos indispensáveis à parturiente por fornecer uma assistência de qualidade e aumento das vantagens e benefícios a longo prazo para o binômio mãe e filho.