Introdução: Os avanços tecnológicos e progressivos possibilitam a utilização da internet como instrumento para disseminação de informações em diversas áreas, inclusive da saúde. Contudo, a falta de rigor na criação de sítios de informação e a ausência de procedimentos que validem os conteúdos disponibilizados não garantem a qualidade dessa informação. O presente estudo surgiu com a percepção dos profissionais da equipe multiprofissional de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) infanto juvenil do estado do Paraná acerca da prevalência de questionamentos e resistência de pais, cuidadores e professores que relatam ser a internet a principal fonte a respeito do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Objetivo: Identificar websites brasileiros a respeito do TDAH e analisar as suas características técnicas de qualidade. Método: Estudo infodemiológico do tipo descritivo sobre o tema Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Foram analisadas as 200 primeiras Uniform Resource Locators (URL) encontradas em português. Após exclusão dos sites segundo critérios predefinidos, foi aplicado o instrumento técnico de qualidade e analisados os dados obtidos. Resultados: Foram selecionadas as 200 primeiras URLs resultantes da pesquisa e, por meio dos critérios pré-estabelecidos, 164 foram excluídas. Assim, um total de 36 sites foram analisados individualmente quanto aos critérios técnicos de qualidade. Entre as características analisadas, destaca-se: apenas 16 (43,24%) páginas revelaram a autoria da publicação, 30 (81,08%) mencionaram a instituição responsável pelo site, nenhuma declarou presença ou ausência de conflito de interesse, em 13 (35,13%) constava a data da informação, em apenas 04 (10,81%) divulgou-se data de atualização das informações, nenhuma divulgou o grau de evidência, em 9 (24,32%) divulgou-se as referências utilizadas. Conclusão: As URLs analisadas não apresentaram os critérios técnicos de qualidade em nível satisfatório. Os critérios considerados de maior importância não foram apresentados em porcentagem significativa de URLs e, por isso, recomenda-se não as utilizar como fontes confiáveis de informação de forma exclusiva. Sugere-se orientar os usuários de serviços de saúde sobre os cuidados a serem adotados ao utilizarem a internet como recurso informativo.