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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
SARCOPENIA E DESFECHO CLINICO EM PACIENTES CARDIOPATAS ADMITIDOS EM UNIDADE CORONÁRIA
Relatoria:
Carolina Kiyomi Shiraisi Higuchi
Autores:
  • Rita de Cassia Helu Mendonça Ribeiro
  • Danilo Fernando Martin
  • Thiago Prado Perez da Silva
  • Débora Bilezikdjian Martins
  • Maurício de Nassau Machado
  • Silvia Maria Albertini
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A sarcopenia, definida pela perda da força muscular, massa muscular e queda no desempenho físico, acomete cerca de 20% dos cardiopatas, influenciando na gravidade da doença, capacidade funcional e desfecho clínico. OBJETIVOS: Identificar e diagnosticar a sarcopenia e sua influência no desfecho clínico de pacientes cardiopatas internados em Unidade Coronária (UCOR). CASUÍSTICA E MÉTODOS: Estudo prospectivo transversal com pacientes adultos/idosos admitidos na UCOR de um Hospital Terciário. Até 48 horas de admissão, os pacientes foram submetidos à avaliação nutricional, avaliação da força de preensão palmar (FPP) por dinamometria e exame de bioimpedância elétrica, segundo algoritmo proposto no Consenso sobre Sarcopenia/2018. RESULTADOS: Foram estudados 40 pacientes (27 homens/13 mulheres; 60,2±10 anos), 65% com Infarto Agudo do Miocárdio e 20% Insuficiência Cardíaca. As comorbidades mais comuns foram: Hipertensão Arterial Sistêmica (72,5%) e Diabetes (42,5%). A média do tempo de internação foi 6,4±5,0 dias, e a prevalência de óbitos 7,5%. Onze (27,5%) pacientes foram classificados como sarcopênicos, e apresentaram menor medida de circunferência de panturrilha que o grupo sem sarcopenia (32,6±3,8 cm versus 36,2±4,2 cm, P=0,023). Segundo o índice de massa corporal, 25 (62,5%) tinham excesso de peso. Pela avaliação subjetiva global, 29 (72,5%) estavam bem nutridos e 11 (27,5%) desnutridos, sendo que mais pacientes sarcopênicos foram considerados desnutridos (54,5% versus 13,8%, P=0,014). A média da FPP do grupo com sarcopenia foi de 19,8±13,7 kgf, e a do grupo sem sarcopenia 17,7±9,7 kgf. Ambos os grupos apresentaram FPP abaixo dos pontos de corte, sem diferença entre eles (P>0,05). Foi encontrada diferença entre os grupos em relação aos valores de massa muscular esquelética (23,0 ± 4,3kg versus 29,7 ± 6,0kg, P=0,001; 31,1 ± 7,8% versus 37,7 ± 8,2%, P=0,035), índice de massa muscular esquelética (8,3 ± 1,2kg/m2 versus 10,5 ± 1,7 kg/m2, P=0,000) e índice de massa magra (17,6 ± 4,1kg/m2 versus 20,1 ± 2,3 kg/m2, P=0,006), com destaque para o grupo sarcopênico. CONCLUSÃO: A prevalência de sarcopenia na admissão foi elevada, e o grupo de pacientes sarcopênicos destacou-se em relação à menor muscularidade. Intervenções precoces multiprofissionais, objetivando minimizar o impacto da sarcopenia no desfecho clínico e na capacidade funcional pós-alta hospitalar são imprescindíveis.