As práticas integrativas e complementares de saúde (PICs) buscam por meios terapêuticos simples ampliar as abordagens de cuidado e as possibilidades terapêuticas para os usuários. Em relação ao parto, as evidências científicas apontam a utilização das PICs como estratégias para resgatar a humanização da assistência à mulher no período gravídico-puerperal. O objetivo do estudo foi identificar as evidências científicas sobre o uso das PICs durante o trabalho de parto (TP) em ambiente hospitalar. Trata-se de uma revisão de literatura. Para guiar a pesquisa, formulou-se uma questão norteadora: Qual a produção bibliográfica sobre o uso de PICs com gestantes em ambiente hospitalar? O levantamento deu-se por meio do acesso às bases eletrônicas de dados LILACS e MEDLINE. Foram incluídos artigos que descrevem o uso das PICs em ambiente hospitalar a partir da leitura de seus títulos e resumos, quando disponíveis. Excluíram-se os relatos de experiência, uso de PICs em ambientes para além do hospital e fora do contexto do parto. A coleta de informações deu-se por meio de um instrumento elaborado pelos pesquisadores que apresentou informações como ano, área de publicação, objetivo do estudo, abordagem, país, tamanho da amostra, participantes, PICs estudada, resultados e etc. Foram inclusos 14 estudos. A apresentação dos resultados e a discussão geral foram feitas de forma descritiva, visando atingir o objetivo da pesquisa. Verificou-se que as PICs contribuem para promoção da assistência obstétrica pautada na humanização, uma vez que além da valorização das escolhas e liberdade da mulher, traz medidas de conforto. As práticas evidenciadas foram introduzidas principalmente como métodos não farmacológicos para alívio da dor, averigou-se ainda a redução no uso de analgésicos, anestésicos, além disso, houve diminuição no tempo de TP. O tipo de hospital foi um fator determinante na utilização das práticas. A acupuntura foi a mais frequente com resultados satisfatório, sem ocasionar efeitos adversos. Considera-se que o uso desses métodos converge para a singularidade, respeito e autonomia da mulher, e propõem um novo modelo de atuação centrado na importância da humanização do parto. Porém, apesar das práticas serem bem toleradas pelos pacientes, são necessários outros estudos para avaliar sua efetividade e a expectativa em reduzir a incidência de cesariana.