A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico. No Brasil, as informações epidemiológicas acerca do tema estão disponíveis nos Sistemas de Informações tal como a notificação compulsória de casos de HIV/AIDS por meio do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) implementada desde 1980, quando o primeiro caso foi relatado no país. Essa notificação compulsória possibilita o conhecimento da magnitude da infecção e a caracterização do perfil epidemiológico da população infectada, o que permite ao Brasil aprimorar as políticas públicas de enfrentamento à doença. O objetivo do presente estudo foi traçar um perfil epidemiológico em relação ao número de casos notificados, raça, sexo e faixas etárias entre 2012 e 2016 no município de Ivaiporã-PR e posicioná-lo frente aos perfis epidemiológicos estadual e nacional. Os dados foram coletados na 22ª Regional de Saúde do Paraná e nos últimos Boletins Epidemiológicos HIV/AIDS da Secretaria Estadual do Paraná e do Ministério da Saúde. Por meio destes, observou-se que, entre 2012 e 2016, foram notificados 54 casos. Na estratificação dos dados por sexo, o número de casos detectados no município de Ivaiporã, no estado do Paraná e no Brasil foi sempre maior no sexo masculino. Os dados relativos à raça não constam no Boletim Epidemiológico HIV/AIDS estadual, apenas no nacional e no municipal, onde, a maioria se declarou da raça branca, seguida pela parda; já os dados nacionais demonstraram o comportamento inverso, uma vez que a maioria se declarou parda. Em relação à faixa etária, a maior concentração dos casos notificados de HIV/AIDS está nos indivíduos com idade entre 20 e 49 anos, tanto na esfera municipal, quanto nas esferas estadual e nacional. Desse modo, conclui-se que os dados brasileiros são alarmantes e apenas uma ação conjunta entre a população, os pesquisadores, as instituições de ensino e órgãos governamentais e não governamentais ligados ao tema pode conter o avanço do agravo HIV/AIDS. Nesse sentido, o profissional enfermeiro deve conhecer os dados do município em que atua e estar atualizado sobre os índices estaduais e nacionais para que promova o melhor atendimento aos pacientes, especialmente por se tratar de uma condição transmissível e, até o presente momento, incurável.