INTRODUÇÃO: Os bebês que nascem prematuros, muitas vezes, precisam de cuidados neonatais intensivos, bem como de suporte tecnológico, para que possam se adaptar de maneira satisfatória à vida extrauterina e enfrentar um longo período de internação hospitalar. Em decorrência disso, é importante e faz-se necessário um planejamento de cuidados adequados, que serão executados no domicílio, para que seja assegurado ao recém-nascido prematuro uma transição segura e suave do âmbito hospitalar para o domiciliar. OBJETIVOS: Sintetizar evidências acerca do cuidar materno ao recém-nascido prematuro no domicílio. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa realizada nas bases de dados LILACS e BDENF via Portal BVS; PubMed/Medline, Scopus, CINAHL e Web of Science via Portal da Capes. A questão de pesquisa foi organizada de acordo com a estratégia PICo: P - Comportamento Materno; I - Recém-Nascido prematuro; Co - Habitação. Dessa forma, elaborou-se a seguinte questão: Quais as evidências científicas acerca do cuidado materno ao recém-nascido prematuro no domicílio? Resultou em 19 artigos para elaboração dos resultados. Não houve delimitação de tempo ou idioma e, para seleção dos estudos, foram seguidas as recomendações do PRISMA. RESULTADOS: Os cuidados domiciliares mais frequentes nas publicações analisadas foram relacionados ao uso de medicações, limpeza do ambiente domiciliar, visitas, retorno as consultas ambulatoriais e com especialistas para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do prematuro, vacinação, prevenção de sequelas neurológicas e prevenção de infecções. No que se refere aos cuidados diários de rotina, os mais citados foram: alimentação (amamentação e demais formas), higiene, sono e vestimentas. CONCLUSÃO: O cuidado domiciliar envolve diversas particularidades advindas da própria prematuridade e necessidades específicas do recém-nascido de risco. Neste estudo, cuidados considerados básicos, como aqueles relacionados a higiene e conforto, geraram dúvidas e sobrecarga às mães. Cabe ao profissional de saúde, em específico o enfermeiro, o papel de orientar essas mulheres, no momento da alta hospitalar, sobre os cuidados domiciliares ao recém-nascido prematuro, para que esse processo de transição seja um evento positivo e estimulante aos cuidadores.