Introdução: Os riscos e a ocorrência de eventos adversos que provocam danos aos pacientes estão presentes em âmbito hospitalar, prejudicando a Segurança do Paciente (BRASIL, 2013). A ocorrência destes está diretamente relacionada ao estresse profissional, devido ao ritmo acelerado de vida e a incapacidade de tolerar ou se adaptar às exigências de natureza psíquica existentes no ambiente laboral (PINTO et al, 2016). Dessa forma, se torna fundamental estabelecer estratégias de enfrentamento, que permitam entender os mecanismos psicológicos envolvidos na superação das adversidades, como o estresse (RAMOS et al, 2015). Objetivo: Identificar na perspectiva de lideranças de um serviço hospitalar como os trabalhadores percebem o estresse e suas formas de enfrentamento. Metodologia: Estudo descritivo, qualitativo, desenvolvido em um hospital de grande porte, durante o processo de acreditação, localizado no sul do Brasil. Realizou-se a aplicação do Questionário de Atitudes de Segurança (SAQ), a fim de identificar a cultura de segurança do paciente. Dentre os domínios do SAQ, o único que obteve escore negativo, foi a percepção do estresse. Realizou-se um Grupo Focal com 12 lideranças, entre eles enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas e gerente de faturamento, para discutir e compreender o resultado no intuito de planejar ações e pensar em estratégias para superar as fragilidades encontradas. A atividade foi gravada em audio type e transcrita na íntegra. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIJUÍ sob o CAAE nº 30449514.3.0000.5350. Resultados: A partir das falas obtiveram-se três categorias: 1) reconhecimento do estresse, onde durante a situação estressora, principalmente pelo ritmo frenético e muita cobrança, como no processo de acreditação, acaba não sendo percebido; 2) motivação profissional, evidenciada de forma resolutiva e positiva, sendo necessário que o colaborador sinta-se importante; 3) enfrentamento do estresse, onde cada trabalhador vivencia de uma maneira, sendo indispensável um apoio psicológico individual e coletivo. Para tanto o reconhecimento das fragilidades laborais tona-se o passo inicial para diminuir os fatores estressores. Conclusões: Na perspectiva de lideranças é desafiador reconhecer o estresse profissional, frente às demandas e qualidade do trabalho, e percebem a necessidade do suporte psicológico, além da motivação do desempenho profissional.