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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
MORTALIDADE INFANTIL POR CAUSAS EVITÁVEIS PELA ADEQUADA ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO: O PAPEL DA REDE CEGONHA
Relatoria:
Franciele Aline Machado de Brito
Autores:
  • Ieda Harumi Higarashi
  • Bianca Machado Cruz Shibukawa
  • Gabrieli Patricio Rissi
  • Rosimara Oliveira Queiroz
  • Paolla Furlan Roveri
  • Marcia Moroskoski
  • Maycon Hoffmann Cheffer
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Desde o século XX uma série de políticas e programas voltadas à saúde materno-infantil têm sido implementadas por iniciativa governamental. Neste cenário, em 2011 foi lançado o Programa Rede Cegonha (RC), contemplando todas as diretrizes de programas anteriores e destacando a importância do acesso, acolhimento, acompanhamento do pré-natal, parto e puerpério, assim como, o crescimento e desenvolvimento das crianças até os 12 meses de vida. O objetivo do estudo é analisar a taxa de mortalidade infantil no Brasil e por regiões, de 2001 a 2017 por causas evitáveis por Adequada Atenção ao Recém-Nascido (AARN). Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e Sistema de Informação de Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, no Brasil, de 2001 a 2017. O período selecionado para análise foram dez anos antes da implementação da RC e todos os anos subsequentes disponíveis no sistema. Os dados foram organizados com auxílio do Programa Microsoft Excel 2016. Como resultados, verificou-se que a taxa média da mortalidade infantil por causas evitáveis por AARN nos dez anos anteriores à criação da RC no Brasil, era de 3,35/1000 nascidos vivos, reduzindo-se nos seis anos subsequentes à sua implementação, para 2,38/1000 nascidos vivos. A região sul apresentou a menor taxa desta categoria de mortalidade infantil em todo o período analisado, com seu menor índice em 2016 e 2017, 1,30 e 1,31/1000 nascidos vivos, respectivamente. Em contrapartida, a região nordeste e norte apresentaram as maiores taxas no mesmo período, atingindo taxas de 2,97 e 2,88/1000 nascidos vivos, respectivamente, no ano de 2017. A taxa de mortalidade infantil por causas evitáveis por AARN vem apresentando queda com o passar dos anos em âmbito nacional, sendo que a implantação da RC se destaca como um marco que parece ter contribuído significativamente para essa redução. As elevadas taxas apresentadas na região norte e, principalmente, no nordeste nos últimos três anos, podem estar relacionadas à epidemia do Zika vírus que acometeu essa população específica. Estratégias para a implantação efetiva da RC, com observância dos princípios e diretrizes do programa, devem ser priorizadas em todo país, para que a redução da mortalidade infantil alcance os níveis desejáveis propostos pelas organizações governamentais e internacionais.