Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
Análise dos nascimentos de acordo com a Classificação dos dez Grupos de Robson
Relatoria:
Gabriela Varela Ferracioli
Autores:
- Márcia Moroskoski
- Maria Gabriela Cordeiro Zago
- Paula Antunes Bezerra Nacamura
- Patrícia Louise Rodrigues Varela
- Carlos Alexandre Molena Fernandes
- Thais Aidar de Freitas Mathias
- Rosana Rosseto de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza como o ideal taxas de parto cesárea de até 15%. Entretanto, vivemos uma epidemia mundial de cesáreas, onde o Brasil se destaca entre os países com maior prevalência desse tipo de parto. Visando a redução de cesáreas desnecessárias, no ano de 2015, a OMS propôs a utilização da Classificação dos Dez Grupos de Robson como instrumento para mensurar e acompanhar as taxas de cesáreas. A classificação propõe parâmetros obstétricos e pode ser utilizada na intervenção para redução das taxas. Objetivo: Analisar os nascimentos de residentes em Paranavaí-PR, de acordo com a Classificação dos Dez Grupos de Robson. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, dos nascimentos classificados entre os dez grupos de Robson no município de Paranavaí-PR, no ano de 2018. Foram analisados os dados obtidos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), por meio do cálculo de frequência absoluta e relativa em relação a cada um dos Dez Grupos de Robson. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná/Hospital do Trabalhador (parecer nº 406.927/2013). Resultados: Foram registrados 1273 nascimentos em Paranavaí-PR, em 2018, dos quais 20,9% ocorreram por parto normal e 79,1% por parto cesárea. A maior prevalência de nascimentos ocorreu nos grupos 5 (multíparas com pelo menos uma cesárea anterior, com feto único, cefálico, >= 37semanas) e 2 (nulíparas com feto único, cefálico, >=37 semanas, cujo parto é induzido ou que são submetidas à cesárea antes do inicio do trabalho de parto), com 37,62% e 28,75%, respectivamente. Já os grupos 6 (nulíparas com feto único em apresentação pélvica) e 7 (multíparas com feto único em apresentação pélvica, incluindo aquelas com cesárea(s) anterior(es)), resultaram nas taxas mais baixas (1,1%, 1,02%, respectivamente). No grupo 9, que é representado pelas gestantes com feto em situação transversa ou oblíqua, não houve nenhum caso. Neste estudo, apenas dois nascimentos (0,15%) não puderam ser classificados devido à falta de preenchimento de alguma das variáveis necessárias para a classificação. Conclusão: Considerando as características obstétricas, foi possível observar que a Classificação de Robson possibilita verificar os grupos com maior prevalência de nascimentos, bem como constatar a ocorrência de grande percentual de partos cesáreos que, provavelmente, foram realizados sem indicação clara.