Introdução: A tuberculose em 2015 matou 210.000 crianças e o Brasil é um dos poucos países com maior carga dessa doença e, nesse mesmo ano, houveram 69.000 casos novos, sendo a causa de 4.500 mortes (WHO, 2017). Essa doença pode afetar os pulmões, sendo a forma clínica mais comum da tuberculose pediátrica, cujos sinais e sintomas inespecíficos pioram com o tempo e podem ser confundidos com outras infecções respiratórias. Além disso, outros órgãos podem ser afetados denominando, assim, manifestações extrapulmonares e, nesses casos, os sintomas variam de acordo com o órgão afetado (CARVALHO et al., 2018). Objetivo: Descrever a classificação da forma clínica da tuberculose em crianças e adolescentes em Rondonópolis (MT). Método: Estudo do tipo quantitativo, retrospectivo e descritivo. A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informação de Notificação de Agravos de Notificação, incluindo a variável forma clínica de todos os casos de tuberculose em crianças e adolescentes de Rondonópolis (MT) entre janeiro de 2009 a dezembro de 2018. Foram excluídos os casos ignorados ou em branco. Foi realizada análise descritiva dos dados e as características da amostra foram descritas por meio de frequências simples e relativa e dispostas em tabelas. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 54226316.1.0000.5541). Resultados: Ao analisar a forma clínica dos casos de tuberculose em crianças e adolescentes no município em estudo, pode-se constatar que prevaleceu a forma clínica pulmonar. Em crianças foram notificados 10 casos (100%) e nos adolescentes 21 casos (84%) seguido da forma clínica extrapulmonar (N=4, 16%). Conclusão: Nota-se que, é importante conhecer a forma clínica dos casos de tuberculose nessa faixa etária estudada, a fim de que sejam propostas intervenções com o intuito de diminuir os casos novos e de reduzir a morbimortalidade.