Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
NÍVEIS DE COMPROMETIMENTO E ENTRINCHEIRAMENTO COM A CARREIRA DE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRI
Relatoria:
ROSANA APARECIDA DE SOUZA DA SILVA
Autores:
- Luciano Garcia Lourenção
- Paula Canova Sodré
- Albertina Gomes da Silva
- Jussara Rossi Castro
- Claudia Eli Gazetta
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O comprometimento e o entrincheiramento com a carreira afetam o desempenho laboral dos profissionais. Profissionais comprometidos permanecem na carreira por sentimentos afetivos que geram assimilação com a profissão, enquanto os entrincheirados permanecem na carreira por necessidade ou falta de opção. Objetivo: Avaliar níveis de comprometimento e entrincheiramento com a carreira de profissionais de enfermagem. Método: Estudo transversal, realizado no município de São José do Rio Preto (SP) com 148 profissionais de serviços de atenção primária à saúde. Utilizou-se instrumento com questões sociodemográficas e profissionais; e as versões brasileiras das Escalas de Comprometimento com a Carreira (ECC) e de Entrincheiramento na Carreira (EEC). Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - Parecer 1.776.737. Resultados: Participaram 77 (52,0%) enfermeiros e 71 (48,0%) auxiliares e técnicos de enfermagem. Houve prevalência do sexo feminino (93,2%); faixa etária de 31 a 40 anos (37,2%), contrato celetista (63,5%), tempo de atuação na APS entre seis e 10 anos. Enfermeiros (61,2) e auxiliares/técnicos de enfermagem (62,2) apresentaram níveis médios de comprometimento com a carreira. A dimensão Identidade com a Carreira atingiu escore alto (70,6) para ambas as categorias profissionais; nas dimensões Planejamento com a Carreira e Resiliência com a Carreira os escores foram médios em ambas as categorias. Auxiliares/Técnicos de enfermagem apresentaram escores levemente mais altos do que os enfermeiros na dimensão Planejamento com a Carreira (53,5 e 50,0, respectivamente). Todas as dimensões do entrincheiramento com a carreira obtiveram escores médios. Os enfermeiros apresentaram níveis levemente maiores de entrincheiramento com a carreira do que os auxiliares/técnicos de enfermagem em todas as dimensões [Investimentos na Carreira: 58,2 vs. 55,6; Limitação de Alternativas com a Carreira: 58,1 vs. 56,5; Custos Emocionais com a Carreira: 56,4 vs. 54,8]. Conclusão: Os profissionais de enfermagem possuem apego emocional (identidade) à carreira. Auxiliares/técnicos de enfermagem tendem a ter maior conhecimento das necessidades de desenvolvimento de carreira (planejamento) do que os enfermeiros. Enfermeiros apresentaram maior tendência à estagnação da carreira e déficit de motivação para o desenvolvimento profissional (entrincheiramento). O estudo evidencia a necessidade de ações que estimulem o desenvolvimento profissional das equipes de enfermagem da APS.