Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
ACIDENTES INFANTIS POR INTOXICAÇÃO EXÓGENA NO PARANÁ
Relatoria:
Rosimara Oliveira Queiroz
Autores:
- Márcia Moroskoski
- Rosana Rosseto de Oliveira
- Bianca Machado Cruz Shibukawa
- Gabrieli Patrício Rissi
- Franciele Aline Machado de Brito
- Paolla Roveri Furlan
- Ieda Harumi Higarashi
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Entre 2012 e 2013 foram registrados 5146 óbitos de indivíduos de 0 a 14 anos devido a acidentes, representando 9% de todos os óbitos, e aproximadamente 140 mil internações relacionadas aos acidentes na infância, representando 7% de todas as causas de internações. Objetivo: Caracterizar o perfil de acidentes na infância por intoxicação exógena no Paraná Método: Estudo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa, que investigou as notificações de acidentes por intoxicação exógena infantil em circunstâncias acidentais no Paraná, no período de 2008 a 2017. Os dados das notificações foram coletados através de consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível no DATASUS. Foram selecionadas crianças na faixa etária menor de 1 ano a 9 anos, de acordo com classificação da UNICEF. Após a coleta, os dados foram tabulados e organizados por meio do Programa Microsoft Excel 2016, e posteriormente analisados e discutidos, com auxílio da estatística descritiva. O estudo dispensou aprovação ética por utilizar-se exclusivamente de dados de domínio público. Resultado: Foram identificadas 13.257 notificações de acidentes com intoxicação exógena em crianças no período estabelecido. O período foi então dividido em dois quinquênios (2008-2012 e 2013-2017), destacando-se o quinquênio 2013 a 2017, que respondeu por 54,70% dos casos. Entre as macrorregiões, a Leste respondeu pelo maior percentual (40,88%). A caracterização da população indicou prevalência da faixa etária de 01 a 04 anos (80%), sexo masculino (64,84%), e raça/cor branca (69,21%). O agente tóxico que se destacou foram os medicamentos (41,88%), e produtos de uso domésticos (21,49%). Em sua maioria, a exposição foi única e aguda (96,49%), a confirmação dos casos foi clínica (57,81%), e os acidentes foram classificados como intoxicação confirmada (63,46%). A evolução das vítimas foi de cura sem sequelas (95,93%), entretanto 97 crianças tiveram cura com sequelas e 9 evoluíram para óbito. Conclusão: Evidenciou-se um expressivo quantitativo de notificações de acidentes na infância por intoxicação exógena e, apesar de constatar-se majoritariamente a evolução dos acidentes em cura sem sequelas, chama atenção os casos de cura com sequela e os óbitos, o que implica em refletir sobre a importância de ações educativas voltadas à prevenção deste e de outros tipos de acidentes na infância, e por meio do fortalecimento dos programas e políticas sobre o tema já existentes.