Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO E ESTRESSE OCUPACIONAL NO MODELO CLÍNICO HOSPITALAR
Relatoria:
ROSEANY PATRICIA DA SILVA ROCHA
Autores:
- Antônio Cesar Ribeiro
- Marília Duarte Valim
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética, Legislação e Trabalho
Tipo:
Dissertação
Resumo:
O trabalho desempenha importante papel na vida social e histórica dos indivíduos, além de ser um meio de crescimento e construção de identidade pessoal. Dentre os principais efeitos nocivos da forma de agir e estar no trabalho em enfermagem pode-se apontar o estresse ocupacional como precursor e potencializador de agravos à saúde caracterizados como doenças ocupacionais. Objetivou-se verificar o estado de estresse ocupacional de enfermeiros hospitalares e a relação do estresse com características dos profissionais e do seu trabalho. Trata-se de um estudo transversal, realizado no segundo semestre de 2017. População foi composta por 85 profissionais. Na caracterização quanto ao sexo, conforme demonstrado, obteve-se a predominância de mulheres (n=75; 88,2%). Em relação à idade, destaca-se a faixa etária de 24 a 34 anos, com 47 (55,3%) sujeitos. Com a definição dos escores provenientes da JSS observou-se que 53 (62,2%) enfermeiros percebem-se na condição de alta demanda. Em contrapartida, 51 (60%) dos trabalhadores acreditavam ter alto controle sobre o trabalho. Ademais, o apoio social encontrou-se alto no grupo de enfermeiros entre 48 (55,2%) trabalhadores, o que significa um fator positivo na relação Demanda versus Controle. Com os dados supracitados foi possível estabelecer a classificação ao nível de estresse ocupacional – por tipo de trabalho –, na qual a seguir mostra a classificação encontrada no presente estudo. Trabalho passivo 11 (13%); Baixa exigência 21 (25%); Alta exigência 23 (27%); Trabalho ativo 30 (35%). A inferência estatística dos quadrantes que evidenciam o estresse ocupacional, com as variáveis do perfil sociodemografico nos mostrou que não existe associação dos grupos testados. Conclui-se que o estresse ocupacional não é uma situação vivenciada pelos enfermeiros. Contudo, acredita-se que o estudo traz contribuições relevantes, pois ao caracterizar as condições de trabalho por meio dos prognosticadores que definem a relação demanda, controle e apoio social, permite-se que os gestores e os próprios trabalhadores busquem medidas para amenizá-los e, assim, melhorar a qualidade de vida no trabalho, incluindo a redução do estresse ocupacional.