INTRODUÇÃO: O preceptor é o profissional que participa do processo de formação em saúde ao articular a prática ao conhecimento científico. Ele precisa dominar a prática clínica, bem como os aspectos pedagógicos relacionados a ela, transformando o cenário profissional em ambiente educacional. Esta profissão vem sendo construída em vários espaços de trabalho, tanto na graduação quanto na especialização, porém ainda não há um papel definido sobre as funções de preceptoria e sendo assim muitas vezes suas atribuições se confundem com a de um professor ou tutor. OBJETIVO: Apresentar relato das vivências experenciadas na preceptoria de enfermagem na atenção básica com graduandos da área de enfermagem e residentes em processo de especialização em enfermeiros de família. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, realizado por preceptores de enfermagem em uma clinica da família do Rio de Janeiro, no período de março a novembro de 2018. RESULTADOS: Emergem dessa experiência no cotidiano de trabalho atuando como preceptoras que ainda há muito a ser discutido, construído, desconstruído dentro das atribuições específicas de preceptoria, o que leva a entendermos a importância de um preparo pedagógico para a ocupação desta função e além disso há a necessidade de definir quem é este profissional no serviço e de que forma o seu papel o difere dos demais colegas de trabalho que tem a mesma profissão, porém não são preceptores. Esta relação nos diversos cenários de trabalho, frequentemente se emaranham e o preceptor se vê atuando de várias formas, ora como profissional da Unidade, ora vinculado a um programa de formação. CONCLUSÕES: É necessário entender que a preceptoria, enquanto prática educativa é uma atividade que demanda planejamento, competência, criatividade e sensibilidade. É preciso que se discuta cada vez mais sobre a temática para que se torne uma profissão mais reconhecida, respeitada e que possa ter algumas atribuições definidas e regulamentadas.