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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
A SAÚDE DO HOMEM QUILOMBOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Relatoria:
Rozivanha Sousa Mendes
Autores:
  • Dandara de Fátima Ribeiro Bendelaque
  • Ewellyn Natália Assunção Ferreira
  • Fernanda Araujo Trindade
  • Jessica da Silva Ferreira
  • Dayara de Nazaré Rosa de Carvalho
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Saúde da População Quilombola encontra alguns fatores que influenciam em seu desenvolvimento, como o baixo nível socioeconômico associado ao isolamento geográfico, sendo considerados altamente vulneráveis o que reflete nos indicadores de saúde. As Comunidades Quilombolas vêm apresentando maior prevalência de doenças crônico-degenerativas, como Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus e aparecimento de neoplasias, como o Câncer de Próstata, no qual foram estimados 68.220 casos novos para o ano de 2019. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de Enfermagem durante uma atividade de educação em saúde voltada à sensibilização e prevenção do Câncer de Próstata e sobre a Saúde do Homem em geral. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa do tipo Relato de Experiência, realizado na comunidade quilombola de Abacatal/Aurá, Município de Ananindeua – Pará. Utilizou-se a roda de conversa abordando sobre principais patologias acometidas pela população masculina e sobre o Câncer de Próstata, como instrumento de educação em saúde, que foi composta pelos acadêmicos de enfermagem, 10 homens quilombolas na faixa etária de 40 a 70 anos e a docente que a mediava. Resultados e discussão: Grande parte dos participantes apresentou 1 ou mais doenças crônicas, sendo a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus as mais prevalentes. Quando questionados sobre o tratamento, informaram a não adesão correta da terapia medicamentosa e cuidados com a alimentação, alegando a questão financeira e difícil acesso ao serviço público como fatores influentes. Além disso, relataram não realizar atividades físicas e 90% informou ser etilista ou tabagista. Em relação ao Câncer de Próstata, a maioria dos participantes apresentou pouco ou nenhum conhecimento a respeito e apenas 1 relatou já ter realizado o teste para detecção, sendo justificado devido ao difícil acesso aos serviços públicos, poucas ações de educação em Saúde na área e também ao receio, especialmente em relação ao exame de toque, que ainda é considerado um tabu para os participantes. Conclusão: Diante do aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas e neoplasias, destacando o Câncer de Próstata, que apresenta números cada vez mais expressivo, torna-se fundamental o acesso à informação para o aumento da procura aos serviços públicos de saúde, autocuidado e adesão ao tratamento.