Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível, que atinge cerca de 30% da população com menos de 25 anos. A teoria das representações sociais reconhece o valor da dimensão subjetiva, que segundo esta perspectiva interfere, nas atitudes e condutas relativas ao objeto da representação¹. Objetivos: analisar as representações sociais de discentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Centro de Ciências da Saúde (CCS –UFRJ) sobre o Papilomavírus Humano (HPV). Método: Pesquisa qualitativa, envolvendo 230 discentes dos variados cursos do CCS– UFRJ, para a coleta dos dados foi aplicado o teste de associação livre de palavras (TALP), onde foram utilizados os estímulos indutores: HPV, Risco e Prevenção. Os dados do TALP foram tabelados através do software de planilhas Microsoft Excel. A identificação de termos com significância estatística norteou a análise desse conteúdo. Resultados: Dentre as palavras mais citadas, quando estímulo indutor era HPV temos: IST (93); Câncer (72); Vírus (58); Verruga (39) e Vacina (31). Quanto ao estímulo Risco temos: Sexo (136); Sexo desprotegido (31); Sangue (22); Agulhas contaminadas (14) e Fluidos(13). Com estímulo Prevenção temos: Camisinha (160); Vacina (108); Educação sexual (16); Preventivo (12) e Castidade (12). Conclusão: Os resultados mostram que os universitários apresentaram conhecimento sobre HPV em relação ao risco do desenvolvimento de câncer, ser sexualmente transmissível, e do aparecimento de verrugas como sintoma. Sobre o estímulo prevenção, temos camisinha que foi a palavra que mais surgiu e a vacina que também aparece em número expressivo indicando a visibilidade desse meio de prevenção. Entretanto, no estímulo Risco a palavra sangue aparece com destaque, mostrando que o conhecimento sobre outras formas de transmissão pode encontrar-se deficientes. Considera-se que através das representações sociais desses universitários da área de saúde, seja possível traçar estratégias na formação desses futuros profissionais para o enfrentamento do HPV, além de diminuir a vulnerabilidade desses jovens.