Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
CAPACIDADE PARA O TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA EM CAMINHONEIROS
Relatoria:
Bruna de Adrade Bida
Autores:
- Vanessa Ritieli Schossler
- Andrieli França da Luz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Com o envelhecimento da população, algumas questões vêm sendo
estudadas, como a capacidade para o trabalho, que é uma combinação de recursos
humanos, demandas físicas, mentais e sociais do trabalho. Além dessa, existem
estudos sobre a qualidade de vida. Esta é a percepção do indivíduo sobre a sua
posição na vida, cultura e suas expectativas. Como exemplo de trabalhadores,
temos os caminhoneiros, os quais têm um trabalho extenuante. Portanto, a avaliação
da capacidade para o trabalho e qualidade de vida nessa categoria são necessárias.
Objetivos: Avaliar a capacidade para o trabalho autopercebida e verificar a relação
desta com aspectos da qualidade de vida em caminhoneiros. Métodos: Estudo
epidemiológico transversal, em uma Cooperativa de transportadores rodoviários
autônomos e em um posto de combustível, no interior do Paraná. Levantou-se
dados sociodemográficos, de qualidade de vida (WHOQoL-breve) e Índice de
Capacidade para o Trabalho (ICT). Para a análise de associação entre as variáveis
utilizou-se os testes Qui-quadrado, Fisher, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis.
Resultados: Participaram 120 caminhoneiros, a idade média foi 44 (10,6) anos,
sendo todos homens, 78,8% apresentaram IMC acima do normal. Quanto ao ICT,
51,7% teve uma pontuação considerada boa. Houve associação significativa do ICT
com a escolaridade e IMC. Todos os domínios do WHOQoL estiveram associados de
forma significativa com o ICT. Conclusão: A capacidade para o trabalho esteve
relacionada à qualidade de vida. Seriam importantes mais estudos para haver ponto de corte para o WhoQol, tanto na população brasileira e em profissões relacionadas aos profissionais motoristas. Também, sobre a capacidade para o trabalho no setor de transporte, para melhores comparações e investigação dos fatores envolvidos na qualidade de vida e os riscos que os motoristas de caminhão estão expostos. É necessário também, que haja avaliação de como estão as políticas públicas e ações de promoção e prevenção a saúde desta população.