Introdução: Em 2010 a Vigilância Sanitária publicou no Diá¬rio Oficial da União a Resolução da Diretoria Co¬legiada Nº 7/2010, onde foram estipulados requi¬sitos mínimos para o funcionamento de uma UTI. Nesta, evidencia-se a importância do cuidado multiprofissional e ficam definidos os serviços que o paciente deve ter à beira do leito, sendo o tópico VI a assis-tência odontológica. Objetivo: investigar à luz da literatura produzida sobre o tema, a importância da atuação do cirurgião dentista como componente da equipe multiprofissional na Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: trata-se de um estudo de revisão integrativa realizado nas bases de dados da saúde: Medline, BBO, Pubmed e Scielo, buscando estudos que abordavam o tema, entre os anos 2010 e 2018. Foram selecionados 13 estudos para análise. Resultados: Verificou-se que muitos profissionais da saúde não sabem o motivo de um cirurgião¬-dentista atuar em um hospital, pois este geralmente se limita a exercer seus trabalhos em consultórios privados e postos de saúde pública. Entretanto, o atendimento odontológico realizado em âmbito hospitalar e multiprofissional, sobretudo na UTI, é essencial em diversas situações, como nos casos de cirurgia bucomaxilofacial, procedimentos que de-mandam anestesia geral, atendimento a crianças, pacientes com necessidades especiais em extensa limitação, casos de intolerância ao anestésico local, ou em pacientes cuja condição médica demanda longos períodos de internação. Outrossim, percebe-se a importância da atuação odontológica em pacientes com discrasias sanguíneas que requerem retaguarda de equipe médica de hematologia; aqueles cujo controle das doenças bucais é considerado relevante para o quadro geral de saúde, além de indivíduos que se submeterão à cirurgias que exigirão intubação respiratória ou mesmo nas situações de necessidade de higiene oral em pacientes graves, ocasionando sensação de alívio. Conclusões: Constatou-se que a baixa manutenção do bom estado de saúde oral, pode acarretar em agravos a saúde de modo geral. Frente a esta situação, sugere-se que o ensino odontológico de base, deve abordar a temática com maior enfoque, além de desenvolver atividades práticas de modo a promover melhores esclarecimentos, tanto aos profissionais da odontologia, quanto aos demais trabalhadores em saúde através da comunicação direta interprofissional nas diversas áreas que compõem a equipe hospitalar, intensificando o cuidado integral ao ser humano.